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Escritos de Saúde Coletiva

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coleção de estudos do Doutor Luiz Carlos P. Romero

Venda livre de seringas em farmácias

Na Espanha, a venda de seringas sem receita, nas farmácias, foi avaliada como insuficiente

enquanto estratégia única para disponibilizar adequadamente equipamento de injeção estéril

para UDI, ainda que não tenham sido avaliadas as razões desse fato

A alteração da lei que exigia prescrição médica para a compra de seringa, vigente no estado

americano de Connecticut, tornando tal condição exigível apenas para a compra de mais de dez

seringas, foi avaliada como responsável por uma redução de 39% na taxa de compartilhamento

de seringas (23).

Como vimos, no Programa Australiano, a venda livre de equipamento de injeção tem um

papel importante: 40% das seringas disponibilizadas o foram através da venda em farmácias, cujo

número, em 1995, era de cerca de 3.400, isto é, cerca de 20 farmácias por 100.000 habitantes (24)

Máquinas de venda de seringas e agulhas

Máquinas de venda ou troca de seringas têm sido empregadas especialmente para aumentar

a disponibilidade de equipamento de injeção estéril em situações, tempos e locais nos quais as

demais estratégias sejam insuficientes ou impossíveis de implementar.

Em vários países europeus, máquinas de vender seringa foram instaladas em regiões das

cidades associadas com o uso intensivo de drogas ilícitas, operadas por moedas ou pela inserção

de um equipamento usado de injeção (24).

No Programa Australiano, a utilização dessa tática é recente, tendo a venda de seringas e

agulhas através de máquinas sido implantada em apenas algumas regiões do país, representando

uma proporção de 1,4 % das seringas disponibilizadas, no primeiro ano de uso das máquinas.

Disponibilização de desinfetantes (Bleach out reach programs)

A prática da desinfecção de seringas e agulhas – com solução alcoólica ou de hipoclorito – é

uma prática cuja prevalência é muito variada entre as diversas subpopulações de UDI. Dois estudos

evidenciaram que, na Espanha, por exemplo, ela é muito menos frequente que em outros

países. (25)

Nos Estados Unidos, esses projetos surgiram como alternativos aos proibidos de troca de

seringa e contam com o beneplácito do governo federal.

Deve ser considerada como uma estratégia secundária, útil nas situações em que não é possível

disponibilizar equipamento estéril.

As soluções de hipoclorito devem ser fornecidas em embalagens pequenas e que protejam

o produto da exposição à luz, que o desativa. A distribuição deve, necessariamente, ser acompanhada

de instruções sobre o uso.

Sua eficácia tem sido questionada.

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