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Escritos de Saúde Coletiva

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escritos de saúde coletiva

O primeiro deles (Projeto de Lei do Senado nº 159, de 2001, de autoria do Senador Carlos Bezerra

– PMDB-MT) visava instituir um “Estatuto do Enfermo”. Foi arquivado ao final da legislatura,

sem sequer ter sido apreciado pelas comissões a que foi distribuído.

Em novembro daquele mesmo ano, novo projeto (Projeto de Lei do Senado nº 262, de 2001),

dispondo sobre os direitos dos pacientes em serviços de saúde, foi apresentado ao Senado Federal

pelo Senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) e teve o mesmo destino.

Em março do ano passado, o Senador Delcídio Amaral (PT-MS) deu entrada ao Projeto de Lei

do Senado nº 79, de 2003, que, também, dispõe sobre os direitos dos pacientes em serviços de

saúde, que foi distribuído às Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Assuntos Sociais.

Não recebeu emendas no prazo regimental e aguarda parecer na primeira delas, desde 29 de abril

de 2003, já tendo sido redistribuído duas vezes. É relator da matéria o Senador José Jorge.

Além desses, um grande número de projetos tem sido proposto, nos últimos anos, em especial

na Câmara dos Deputados, tratando de instituir direitos específicos a determinados doentes

ou pacientes, entre os quais os de acesso a medicamentos, assistência religiosa, presença de

acompanhante durante a internação hospitalar, transporte e assistência especializada. Com frequência,

esses projetos buscam o reconhecimento desses direitos a apenas algumas categorias

de enfermos ou pacientes e não a todos, como, por exemplo, os idosos, os menores, os portadores

do HIV e doentes de aids, os diabéticos e os doentes crônicos.

Legislação comparada

Austrália

Duas províncias aprovaram leis regulamentando a eutanásia, posteriormente revogadas.

A primeira delas foi o Rights of the Terminally Ill Act, de 1995 (entrou em vigor no ano seguinte),

aprovada no Northern Territory, após tumultuada tramitação na qual, por se tratar de “matéria

de consciência”, os parlamentares tiveram liberdade de votar independentemente da disciplina

partidária.

A lei foi revogada pelo Senado Federal Australiano em março de 1997 por uma margem apertada

de votos (38 a 33) e contrariando a opinião pública, que as pesquisas mostravam ser, à época,

em 70% favorável à eutanásia.

Em 1998, o Estado de Vitória legalizou o “suicídio assistido”. Novamente, no entanto, a lei foi

rechaçada no Parlamento Federal.

Recentemente, em março de 2002, os parlamentares da província de New South Wales rejeitaram,

por 26 votos a 9, um projeto de lei que regulamentava os direitos dos pacientes terminais.

Comunidade Europeia

Na grande maioria dos estados europeus, a eutanásia é criminalizada segundo disposições de

seus respectivos códigos penais, o que não impede que sua prática seja cada vez mais frequente e

mais aceita, tanto por médicos e outros trabalhadores de saúde quanto pela população em geral.

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