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O Dinossauro - Ordem Livre

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heroica iniciativa privada, na tentativa persistente de libertação das cadeias do estatismo<br />

patrimonialista lusitano. Durante o Império, São Paulo começou a se destacar no<br />

desenvolvimento da nação, mercê precisamente do liberalismo esclarecido que se procurava<br />

firmar sob a égide de um poder moderador muito tolerante. Com a República, teve São<br />

Paulo que enfrentar, crescentemente, o arcaísmo patrimonialista de Minas e do Nordeste, de<br />

um lado; e o autoritarismo de índole caudilhesca, temperado pela ideologia positivista<br />

ditatorial (Castilhos, Borges de Medeiros, Pinheiro Machado) do Rio Grande do Sul, do<br />

outro. Depois de 1930, a situação piorou. São Paulo perdeu a liderança, diante do<br />

autoritarismo populista demagógico de Getúiio Vargas e seus herdeiros. Hoje, o Estado<br />

possui 30 milhões de habitantes, quase 50% do PIB nacional e uma renda per capita<br />

superior a 4.000 dólares, uma das mais elevadas do continente: é a terceira unidade mais<br />

importante da América Latina, depois do próprio Brasil e do México, e na frente da<br />

Argentina e da Venezuela. Representa a Pauliceia o grande triunfo da iniciativa privada e da<br />

indústria capitalista. De qualquer forma, São Paulo continua a ser a locomotiva que puxa os<br />

21 vagões, não direi vazios, mas atrelados um atrás do outro ao monstro do <strong>Dinossauro</strong><br />

burocrático social-estatizante.<br />

Este país, efetivamente, poderia gozar de um crescimento mais acelerado e da<br />

redução de alguns de seus mais sérios problemas sociais, se deixasse livre campo à<br />

iniciativa privada — aquela que construiu, além de São Paulo, o Triângulo Mineiro, o sul<br />

de Goiás e de Mato Grosso, Rondônia, o norte do Paraná e, de um modo geral, todo o Sul<br />

incluindo particularmente Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul. Até quando este<br />

Brasil moderno aguentará continuar trabalhando para sustentar o Brasil arcaico de Brasília,<br />

Centro, Norte e Nordeste? Até quando o empresário privado concordará em labutar, correr<br />

riscos, criar, produzir, poupar, progredir em benefício da multidão de ociosos que<br />

guarnecem o serviço público? Até quando aceitará que as prefeituras de Aracaju ou Maceió<br />

empreguem mais funcionários que a de Paris? Até quando se curvará diante do egoísmo, da<br />

preguiça, do cinismo, da inércia, da prepotência arrogante dos que guarnecem o Estado<br />

patrimonialista enlouquecido? Até quando os vinte milhões de fazendeiros, industriais,<br />

pequenos empresários, membros das profissões liberais, se deixarão dominar pela classe<br />

opressora e exploradora de pseudo "servidores" do Estado? Até quando continuarão a entrar<br />

às oito da manhã em seus escritórios, deles saindo às sete ou oito da noite, pagando<br />

impostos de diversas espécies, para manter em suas sinecuras os ineptos e confusionistas<br />

políticos e marajás profissionais, incapazes de dirigir o país para um futuro mais<br />

consentâneo com seu destino manifesto? Não é tempo de acabar com essa farsa?<br />

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