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Ministério da Saúde<br />

A seleção das preparações foi conduzida em três etapas: a primeira, com a identificação das<br />

receitas; a segunda, com teste e melhoria da qualidade nutricional das receitas pré-selecionadas;<br />

e a terceira, com a realização de seis oficinas culinárias. Para a primeira etapa, foi realizado<br />

levantamento de insumos de relevância regional, categorizados como frutas, verduras e legumes,<br />

com o objetivo de identificar receitas de reconhecimento local. Os meios utilizados para a pesquisa<br />

foram: solicitação de receitas à rede de alimentação e nutrição, consulta bibliográfica e consulta<br />

aos principais órgãos que atuam com alimentos regionais no País. O Departamento de Nutrição<br />

da Universidade de Brasília e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram<br />

os órgãos que apoiaram diretamente essa etapa. Adicionalmente, pesquisa de receitas no nível<br />

local, disponibilizadas pelas secretarias de saúde municipais, estaduais e do Distrito Federal e pelos<br />

centros colaboradores e de referência em alimentação e nutrição, além de parceiros e organizações<br />

não governamentais, complementou o levantamento inicial e auxiliou na estruturação de cardápios<br />

regionais.<br />

As receitas selecionadas foram então classificadas de acordo com as refeições na qual<br />

pudessem ser servidas, no sentido de oferecer a possibilidade da composição de um cardápio<br />

saudável e regional ao longo do dia. Além disso, pretendeu-se que fossem ofertadas possibilidades<br />

de substituições de ingredientes em algumas receitas, quando possível, para que as variações<br />

constituíssem novas possibilidades para o consumo de frutas, verduras e legumes regionais<br />

(Apêndice B).<br />

As preparações identificadas na primeira etapa foram testadas no Laboratório de Técnica<br />

Dietética da Universidade de Brasília. As modificações culinárias necessárias para a segunda etapa<br />

foram realizadas, levando-se em consideração o valor nutricional, origem dos ingredientes e<br />

adequação, com o propósito de incentivo à alimentação regional e saudável. Todos os ingredientes<br />

foram listados, destacando-se os possíveis responsáveis pela inadequação nutricional, como o<br />

excesso de gorduras, açúcar ou sódio. Posteriormente, considerando-se a funcionalidade desses<br />

ingredientes na preparação, foram propostas substituições para, então, serem realizados os testes.<br />

Outro aspecto observado nessa etapa foi a técnica de cocção (cozimento) empregada. No<br />

caso de frituras, por exemplo, foram utilizadas técnicas de semelhante princípio, ou seja, emprego<br />

de calor seco, como assar e grelhar, mas que dispensassem a obrigatoriedade do uso de gorduras.<br />

Outra técnica empregada foi a dessalga prévia de alguns ingredientes como charque, carne de sol<br />

e camarão seco, para retirada do excesso de sal e consequente redução da quantidade de sódio da<br />

preparação.<br />

Para a fase de realização das oficinas, terceira etapa, foi proposto um planejamento em que,<br />

inicialmente, foram contatadas as instituições que poderiam sediar o evento na região em questão.<br />

Nessa fase, foi fundamental o apoio e a parceria das universidades e institutos de nutrição, bem<br />

como do quadro docente. A partir do aceite, foram convidadas instituições em interface com a<br />

temática da oficina: secretarias de saúde municipais, estaduais e do Distrito Federal; conselhos<br />

de segurança alimentar estaduais e distrital; conselhos regionais de nutricionistas; entidades<br />

participantes do sistema S; organizações não governamentais; e profissionais da educação e da<br />

assistência social.<br />

Em cada uma das seis oficinas, com duração aproximada de oito horas (uma tarde e uma<br />

manhã em dias consecutivos), os participantes elaboraram, em média, 30 receitas. Os participantes<br />

eram orientados previamente a adotarem procedimentos adequados em laboratório de técnica<br />

dietética, em relação ao vestuário e ao uso de adereços. Ao final de cada período, realizavase<br />

a etapa de degustação e análise sensorial em relação às características organolépticas das<br />

preparações produzidas pelos participantes, seguida de discussão orientada pelo grupo condutor<br />

da proposta (consultores da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde<br />

e professores da Universidade de Brasília). Na etapa de análise sensorial, foram avaliados, com<br />

uso de escala hedônica de sete pontos (cujas categorias variam de gostei muitíssimo a desgostei<br />

muitíssimo), os seguintes parâmetros: aparência, aroma, sabor, textura e aceitação da preparação.<br />

Observações referentes à execução de cada receita, possibilidades de substituição dos ingredientes<br />

e demais sugestões pertinentes foram discutidas e, ao final, excluíram-se as receitas que não foram<br />

consideradas representativas da região para composição desta nova edição de Alimentos Regionais<br />

Brasileiros. O grupo de participantes definiu, ainda, as porções de cada preparação, em gramatura<br />

e em medida caseira, de acordo com os hábitos de consumo locais.<br />

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