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Alimentos Regionais Brasileiros<br />

2.1.5 Farinhas e preparações<br />

FARINHA DE CARIMÃ<br />

Características: é um tipo de farinha extraída da mandioca mansa (macaxeira ou aipim).<br />

É utilizada em preparações típicas da região Norte. A carimã tem 80% de amido, além de ferro<br />

e fibras. Para obtê-la, as raízes são descascadas, deixadas de molho em água limpa e expostas ao<br />

sol por quatro dias. Nesse período, a mandioca amolece sob efeito da fermentação. As etapas<br />

seguintes são peneiragem, prensagem e secagem natural por mais quatro dias.<br />

Uso culinário: vem sendo utilizada pela população local na fabricação de pães, massas,<br />

bolos, biscoitos e mingaus, com o objetivo de substituir de forma parcial ou integral a farinha de<br />

trigo.<br />

Você sabia que: as populações tradicionais fazem a fermentação enterrando a mandioca<br />

na lama ou deixando-a imergida em águas paradas de açudes por até oito dias.<br />

Tabela 31 – Análise nutricional em 100 g de farinha de carimã<br />

Energia<br />

(Kcal)<br />

Proteínas<br />

(g)<br />

Lipídeos<br />

(g)<br />

Carboidratos<br />

(g)<br />

179 0,4 0,1 41,8<br />

Fonte: Unicamp (2006).<br />

FARINHA DE PIRACUÍ<br />

Características: piracuí é uma farinha feita de peixe produzida a partir do beneficiamento<br />

de duas espécies principalmente, o acari e o tamuatá. Essas espécies caracterizam-se pelo corpo<br />

revestido de placas ósseas e pelo hábito de viver nos fundos dos rios. Os peixes são cozidos ou assados<br />

e prossegue-se um processo de separação da carne, carcaça, espinhas e placas ósseas. A carne assim<br />

obtida é torrada, sendo continuamente mexida sobre uma chapa aquecida no fogo à lenha.<br />

Durante o aquecimento, a massa de peixe recebe sal e iscas menores são retiradas. O produto<br />

final, de textura semelhante a uma farinha, é resfriado naturalmente e embalado. A produção da<br />

farinha de piracuí concentra-se na região de Manaus, no estado do Amazonas, e na região do rio<br />

Tapajós, a jusante de Santarém, no estado do Pará.<br />

Uso culinário: a farinha de piracuí pode ser consumida pura ou usada como ingrediente<br />

em variados pratos, como tortas, sopas, massas, farofas e no famoso e muito consumido bolinho<br />

de piracuí.<br />

Você sabia que: na época em que os rios atingem o auge da seca – de agosto a outubro<br />

–, grande quantidade desses peixes fica presa no solo úmido não submerso, onde sobrevivem por<br />

poucos dias. Pelo fácil acesso à captura, são aproveitados para o preparo do piracuí. São peixes que<br />

apresentam deterioração muito acelerada após a pesca, motivo que reforça a opção dos pescadores<br />

pelo beneficiamento do piracuí.<br />

Modo de preparo: assar a carne do peixe e, em seguida, soque no pilão. Com a farinha,<br />

são servidos bolinhos típicos ou torta assada no forno. Também é utilizada no preparo de sopas e<br />

mujicas (sopa à base de camarões salgados ou sobras de peixe, caranguejo ou siri).<br />

Não foram encontradas referências de análises nutricionais para esse alimento.<br />

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