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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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(Batista et al., 2000). Os mesmos autores relataram também que, em toda abacia, apenas 43 espécies ou grupos de espécies fazem parte da dieta regional,embora a preferência recaia apenas sobre 10 espécies , com nítida liderança dotambaqui (Colossoma macropomum).Pereira et al. (1991) analisando as estatísticas de pesca da década de 1980,concluíram que das 18 espécies que historicamente respondem por 90% dascapturas na Amazônia, apenas 4 representavam mais de 60% do total. Nessamesma direção situam-se os dados coligidos por Val e Almeida-Val (1995)revelando que apenas 15 espécies têm importância realmente significativa nocomércio regional.No Médio Amazonas, região de Santarém (PA), Ferreira, Zuanon eSantos (1998) identificaram <strong>13</strong>1 diferentes espécies biológicas, registrando q<strong>uea</strong> identificação pelo nome vulgar é bem menor porque a população local dáo mesmo nome popular à organismos taxonomicamente diferentes. Os doisexemplos mais significativos revelados pelos autores são a “branquinha”, nomedado por pescadores e consumidores a oito espécies diferentes e o “aracu” q<strong>uea</strong>grupa nove espécies distintas.Santos, Ferreira e Zuanon (2006) em um estudo realizado entre 1998 e 1999nos mercados e feiras livres de Manaus, registraram 53 tipos de denominaçãopopular alguns dos quais têm várias espécies taxonômicas diferentes, sendo osmelhores exemplos o “aracu” (dez espécies), o pacu (seis espécies), a piranha(cinco espécies) e o tucunaré (quatro espécies).Apesar do número reduzido de espécies, da confusão taxonômica e dafalta de informações estatísticas mais robustas sobre o comércio no hinterland,não há dúvida de que o peixe é a mais importante fonte de proteína animal paraa população amazonense que, em 1978 consumia quase dez vezes mais peixedo que a média nacional (Giugliano et al, 1978). Atualmente o consumo médioestimado para os ribeirinhos da Amazônia é de 400 gramas por dia (Ferreira,Santos e Zuanon (op.cit.) enquanto para Itatocatiara e Manaus (AM) o consumoé de 500 e 360g/dia, respectivamente, de acordo com os dados de Cerdeira,Rufino e Isaac (1997).Embora a comercialização de pescado, na Amazônia, tenha atingidoem alguns anos, 300.000 toneladas (Pereira et al.,1991), Bailey e Petrere Jr,(1989) estimaram que a produção máxima sustentável, para toda a bacia nãoultrapassa 200.000 toneladas/ano sinalizando que exceder esse limite significaproduzir uma sobrepressão nos estoques naturais cuja diminuição vem sendotentativamente recompensada pelo incremento da piscicultura, uma atividadeque pode atender, de forma sustentável, o comércio interno e um possívelaumento das exportações (Araújo Lima e Goulding, 1998).Hiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 161livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 161 12/4/2011 17:33:<strong>13</strong>

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