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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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Em algum ponto tinha de chegar o momento em que fatalmenteos europeus seriam obrigados a questionar o projeto‘Europa’ como um todo, quando teriam que denunciara falsa pretensão à universalidade inerente no ‘particulareuropeu’. A campanha cultural e política contra o etnocentrismofoi na verdade uma grande campanha em favor da<strong>pós</strong>-modernidade ( p.<strong>13</strong>).Divergindo de Lyotard, o conceito de <strong>pós</strong>-modernidade de Heller e Fehérestende-se ao mundo globalizado, num ajuste que envolve as tendências maiscristalizadas da contemporaneidade no final de século:Percebe-se aí que esse segundo conceito de <strong>pós</strong>-modernidade, ao agregara idéia de pluralidade, de tempos e espaços civilizatórios diferentes, abarca tantoo centro como a periferia da humanidade, vivendo na era das <strong>pós</strong>-metanarrativas,ondequalquer tipo de política redentora é incompatível com acondição política <strong>pós</strong>-moderna [...]. Ao mesmo tempo, acondição política <strong>pós</strong>-moderna fica constrangida até mesmocom o utopismo não messiânico, que a torna vulnerávela concessões fáceis ao presente e suscetível aos mitos de‘Juízo Final’ e aos medos coletivos decorrentes da perda dofuturo (HELLER E FEHER, p.<strong>14</strong> e 15).Podemos tomar como exemplo as questões relativas ao aquecimentoglobal e as questões ambientais como um todo, trabalhadas exaustivamente pelamídia.Esse espaço do pluralismo, para os autores da obra A Condição PolíticaPós-Moderna, não exclui a possibilidade de convivência de todas as idéias,ideologias e teorias que alimentaram a produção, a reflexão e atividadeintelectual e que possam ser recicladas e retomadas dentro dos espaços múltiplosda <strong>pós</strong>-modernidade, mas repassados pelos seus filtros, o que outros autores, taiscomo Jean Baudrillard (2003), a quem voltaremos mais adiante, vão chamar deprocessos de fragmentação em oposição às grandes narrativas.Aos nossos pro<strong>pós</strong>itos interessa bastante levar em consideração asposições de outro autor clássico, Fredric Jameson. Nos seus vários escritose, notadamente, em Pós-Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardioe em As sementes do tempo, trabalha com propriedade as relações entre oCapitalismo, a Cultura e História, tendo como fio condutor a Pós-modernidade.Hiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 235livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 235 12/4/2011 17:33:19

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