13.07.2015 Views

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A criação de peixes confinados para compensar a pressão sobre osestoques é a solução mais viável e inteligente. Historicamente, essa técnica foiintroduzida no Brasil pelos holandeses no século 17, sofreu longos períodos deinterrupção, mas hoje é praticada em todo o Brasil que ocupa o 19º lugar noranking dos países aqüicultores e o 30º lugar na produção pesqueira.Na Região Norte o cultivo de peixes teve início com os trabalhos doINPA, entre 1970 e 1980, havendo hoje inúmeros criadores espalhados portoda a região, cultivando principalmente tambaqui (Colossoma macropomum),tucunaré (Cichla ocellaris), matrinchã (Brycon cephalus e Brycon lundi), pirarucu(Arapaima gigas), pacu (Myellus spp.), pirapitinga (Piaractus brachypomus) ejaraqui (Samaprochilodus spp.), segundo Hilsdorg e Moreira (2004). Tambémestão incluídos na aqüicultura da região, outros animais aquáticos comoquelônios e jacarés cuja comercialização, a partir de criadouros artificiais, temautorização do órgão ambiental brasileiro.Uma relevante vantagem da piscicultura foi indicada por Camargo e Surgik(2004) que ressaltam o fato de que, em sistemas confinados, os estoques podemser medidos com precisão o que facilita a implantação de medidas de manejo,ao contrário das populações móveis e livres cujo controle e gerenciamento édificultado pela mobilidade dos organismos.Apesar da intrínseca associação entre a natureza e a cosmologia regional, sãopoucas as espécies de peixes que incorporam curiosidades especiais adicionadasàs lendas e à cultura dos povos tradicionais. Entre essas singularidades, podemser destacados os peixes reimosos, a agressividade das piranhas (Serrasalmusspp.), o choque do poraquê ou peixe elétrico (Electrophorus electricus), asdimensões do pirarucu (Arapaima gigas) e a beleza dos peixes ornamentaiscomo acará (Pterophyllum scalare), cardinal (Paracheirodon axelrodi), rosacéu(Hyphessobrycon sp.) e lápis (Nannostomus sp.).Uma crendice que associava o consumo de peixes de couro à tansmissãoda hanseníase (lepra) chegou a ser difundida até por pessoas com elevadograu de responsabilidade cívica, como o deputado provincial Aprígio Martinsde Menezes que disse “ter ouvido de pessoas desta província que atribuema morféia à alimentação continuada dos peixes de pelle que nella abundam”,completando sua declaração imputando à “pirahyba, ao peixe-boi, à pirarara eao surubim” a condição de vetores da lepra (Magalhães, 1882).Referindo-se especificamente à piraíba, o escritor Antonio MonteiroBaena (apud Magalhães, 1882), em seu livro “Ensaio Corographico”, publicadoem 1839 escreveu:162 Hiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 162 12/4/2011 17:33:<strong>13</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!