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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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<strong>pós</strong>-moderno: uma dilatação imensa de sua esfera (a esferada mercadoria) (JAMESON, 2004, p.<strong>13</strong>-<strong>14</strong>).Ao se opor a Lyotard, que parece crer mesmo no fim das grandesnarrativas para impor o seu conceito de <strong>pós</strong>-moderno, Jameson retoma a história,a dialética, e nesse aspecto a teoria sobre o capital de Marx, para avançar e situaro quadro da contemporaneidade, de modo temporal, nos quadros da evoluçãodo capitalismo, na sua fase mais adiantada, ou seja, o Capitalismo Tardio, faseem que, além de dominar a natureza, construindo outra natureza, dominar osprocessos produtivos e ultrapassá-los naquilo que eles têm de mais dinâmico,dominar todos os mercados pelo processo globalizante, provocar dinâmicasdiferenciadas através do capital financeiro e dos deslocamentos produtivos ede bens, ele, o capital, domina os espaços produtivos dos saberes - tradicionaisou avançados, os espaços das tecnologias e das ciências e todos, sem exceção,se assim se pode dizer, na condição de consumidores embalados pelo fetiche damercadoria, o ajudam a circular velozmente no mercado, que é a forma de suarealização e reprodução ampliada.Completando a sua visão sobre o conceito de <strong>pós</strong>-modernidade, afirmaFredric Jameson ( 2004, p.18):A tarefa ideológica fundamental do novo conceito, entretanto,deve continuar a ser a de coordenar as novas formasde práticas e de hábitos sociais e mentais [...] e as novasformas de organização e de produção econômica quevêm com a modificação do capitalismo – a nova divisãoglobal do trabalho – nos últimos anos.Em 1992, Guy Debord, que morreria em 1994, reedita o seu livromanifestode 221 teses que, desde novembro de 1967, influenciava as mentesrevolucionárias do mundo inteiro, intitulado A sociedade do Espetáculo. NoPrefácio dessa edição, faz uma advertência sobre a confirmação de suas tesese a revisão de bem poucas, face aos acontecimentos do mundo. O momento dareedição do livro de Debord é um momento importante, nele não se estava adiscutir a utopia das emancipações, mais já se contabilizavam dados de um mundotransformado pelo capital, unificado por ele e já ultrapassando os limites do quese convencionou chamar na economia de Neoliberalismo. O novo momentodo capital era, na visão crítica, o “Capitalismo Tardio”, expressão formuladapor Ernest Mendel (Economista judeu-alemão, 1923-1995) e, de certo modo,bem aceita entre os neomarxistas como JAMESON, que o toma como conceitoe título de uma das suas mais importantes obras. Nesse momento, também, seHiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 237livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 237 12/4/2011 17:33:19

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