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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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A palavra está em uso no continente americano, na escritade sociólogos e de críticos. Ela designa o estado da culturaa<strong>pós</strong> as transformações que afectaram as regras dos jogosda ciência, da literatura e das artes a partir do fim do séculoXIX (LYOTAR, 1989, p.11).A datação das causas da <strong>pós</strong>-modernidade, como se fossem sintomas doorganismo social, tem suas raízes fincadas no início do século XX. A confluênciae a radicalização vão ocorrer na década de 50 do mesmo século, com o inícioda “crise das narrativas”, sobretudo, as que se referem ao Racionalismo,ao Iluminismo, ao Liberalismo e ao Socialismo, como correntes filosóficasque marcaram o século XIX e serviram de matriz para as Ciências Sociais“modernas” que, segundo o autor, legitimavam cientificamente tais narrativas,que tinham como meta a promessa de emancipação da humanidade, cada umaa seu modo.“Significando ao extremo, considera-se que o ‘<strong>pós</strong>-modernismo’ é aincredulidade às metanarrativas” que, para Lyotard (1989, p.12), perdem força ese diluem em várias linguagens, estas, em alguns casos, carentes de legitimação.Mas, no conjunto, trazem consigo “valências pragmáticas sui generis”Essas linguagens, ou melhor, “jogos de linguagem”, por vezescontraditórios entre si, paradoxais, alternam performances do sistema social,quando este busca eficácia e se depara com o desencanto. Sem as metanarrativas,no vazio das utopias, “o critério de operatividade é tecnológico, não sendopertinente para ajuizar do verdadeiro e do justo” (LYOTAR, 1989, p.<strong>13</strong>). Istosignifica dizer: com a descrença nas metanarrativas que se constituíram asgrandes utopias que marcaram o século XIX e a primeira metade do séculoXX, o pragmatismo e o tecnicismo tornam-se forças mobilizadoras do novotempo que, no plano econômico, é marcado pela era <strong>pós</strong>-industrial e no campoda cultura, pela era <strong>pós</strong>-moderna. Para o autor em questão (Lyotard) essa divisãoestá na raiz do saber nas “sociedades informatizadas” e é nestas sociedades q<strong>uea</strong>s influências das ciências e das tecnologias de ponta incidem sobre a linguagem.Para o autor, o “saber científico é uma espécie de discurso” (p.15), “jogo delinguagem”, ao modo de Wittgenstein, e como tal, na <strong>pós</strong>-modernidade, nãonecessariamente deve estar vinculado a uma “ciência moderna”. Enquantonão legitimado como ciência, pode existir perfeitamente como um “discursoespecífico”, e exemplifica:a fonoaudiologia e as teorias linguísticas, os problemasda comunicação e a cibernética, as álgebras modernas ea informática, os computadores e as suas linguagens, osHiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 233livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 233 12/4/2011 17:33:18

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