13.07.2015 Views

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

Número 13 / 14 - uea - pós graduação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

eram das comunidades mas iam pescar nas áreas destas. A partir destes conflitos,vieram medidas para tentar resolver ou amenizar tais problemas.Historicamente umas das medidas foram tomadas através dasComunidades Eclesiais de base (CEBS), que contribuíram para a elaboraçãodos acordos de pesca. Disseminadas pela Amazônia Brasileira nas décadas de60 e 70, através da Igreja Católica Apostólica Romana, configurou-se novaspropostas às comunidades tradicionais, com uma nova estrutura organizativae mais formal, por exemplo, a criação de funções políticas e burocráticasinternamente nas comunidades; o que com o passar dos tempos, as autoridadescomunitárias começaram a transcender as autoridades religiosas no caminhode legitimidade da representação, o que de certo modo distanciou as IgrejasCristãs da centralidade da representatividade. No estado do Amazonas aComissão da Pastoral da Terra - CPT tentou inicialmente unificar os pescadores,nesta denominação, no entanto, no decorrer dos encontros, houve a cisão entrepescadores e ribeirinhos; mas, foi a igreja Católica que começou a traçar oentendimento da imagem positiva dos ribeirinhos, deste a época da “crise dopeixe”. O que consolidou os movimentos de conservação e manejo dos lagose acabou por se requestionar a representatividade dos pescadores e ribeirinhos.Esterci (2002, p.56) afirma que as colônias de pescadores possueminadequação da organização e da representação dos trabalhadores da pesca.Isso é causado pela contrariedade das normas da Colônia de pescadores quenão valorizam a autonomia e a representação daqueles; ao mesmo tempo emque, no Estado do Pará, houve a valorização da classe na década de 1980,com a formação de grupos de organização pesqueira, como o MovimentoNacional dos Pescadores – MONAPE, Movimento dos Pescadores do Estadodo Pará – MOPEPA. Tornando o movimento de organização dos pescadoresmais independente ao mesmo tempo em que contrários alguns valores de seusmembros.Na realidade, esse movimento significou a cisão entre as CEBS,Comissão da Pastoral da Pesca e Movimentos de Pescadores, tornando-osmais independentes e laicos. Esterci (2002, p. 57) salienta que os Movimentosdos Pescadores dos Estados do Pará e do Amazonas são diferentes, no Paráocorreu através de um processo de discussão e luta pela representação legítimados pescadores, conforme reconhecimento político e social; já no Estado doAmazonas, a formação das colônias de pescadores ocorreu a partir da Marinhade Guerra, que não apoiavam as CEBS.No processo de organização dos trabalhadores de pesca que mais sedestacou, foi o de Santarém - Pará, no final da década de 80. No qual, a partirde um projeto político, implantou-se um “sindicalismo oficial”, um exemplo290 Hiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 290 12/4/2011 17:33:22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!