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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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desse processo, foi a expulsão dos “pescadores cooperados”, que em 1982,significavam mais de 400 (quatrocentos) sócios, pelo fato de que não pescavam,eram atravessadores, comerciantes, fazendeiros e armadores. Bem como, aconsolidação de representatividade legítima e a formação de uma identidadecoletiva de pescadores, para se ter a efetiva representação desse grupo.Já no Estado do Amazonas, a CPT utilizou outro caminho, conformeEsterci (2002, p.59), embasado no seguinte:1.A longo prazo, construção de Nova Sociedade, igualitária,justa; construção do Reino de Deus; 2. A médio prazo, melhoraras organizações para uma sociedade mais igual e 3.A curto prazo, mais peixe, mais respeito aos trabalhadores,lago preservado, etc.Sendo ainda uma tentativa de unir os movimentos de pescadores eribeirinhos em uma representação, postura esta abandonando pela IgrejaCatólica em 1991, o que tornou os acordos de pesca, por exemplo, o de Tefé,mais efetivo.Nesta realidade, ao se considerar os movimentos de representação dospescadores e ribeirinhos Esterci (2002, p. 60) defende que esta representaçãopossui uma eficácia desigual. As colônias de pescadores do Estado do Amazonas,não representam seus pescadores, foram sim criados pela Marinha de Guerra,neste sentido, a história das colônias de pescadores não promove a autovalorização da categoria, “as colônias estão associadas a crises permanentese disputas de poder, à dependência com relação a políticos e à malversação derecurso” (Esterci, 2002, p. 60); mesmo assim, de outro modo, há a indicação demobilização ao se considerar a filiação dos pescadores nestas colônias, e nãosomente motivo para obter carteira profissional e outros benefícios.No que tange às comunidades, houve duas vertentes. A primeira,considerando os consensos e os compromissos firmados, para “falar em nomede”; e a segunda no que tange à “união”, que se fez, como forma de atacar os“invasores”; sendo que os moradores dos povoados tiveram mais possibilidadede fazer uma regulamentação da pesca para manter o estoque pesqueiro. É apartir das comunidades que houve a formação de uma identidade como unidadepolítica, neste ínterim, a Igreja Católica contribuiu para a formação de umaidentidade coletiva e de um espaço social.Esterci (2002, p. 61) conclui que os efeitos sociais de cada históricodiferencial contribuíram de certa maneira para evidenciar que a pesca é umaalternativa de meio de vida. Para tal, o diálogo entre as partes e a construção deacordos de pesca são importantes para amenizar ou até resolver os conflitos deHiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 291livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 291 12/4/2011 17:33:22

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