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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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liberação financeira assegurada.Vários autores têm indicado formas de usar os organismos amazônicos,entre eles Siqueira (1996); Noda, Souza e Fonseca (1997); Fonseca e Ferreira(1998); Mma (1998); Ferreira e Oliveira (1999); Clay, Sampaio e Clement (1999a); Revilla (2001 e 2002); Abrantes (2002), Clements (2008).Clay, Sampaio e Clement (1999 op.cit.), por exemplo, com recursos doPPG-7 e apoio do SEBRAE-AM, publicaram um trabalho bastante exaustivo sobrevárias espécies, demonstrando suas possibilidades de utilização descrevendo, deforma minuciosa, as partes das plantas que podem ser aproveitadas, os tipos deuso, o armazenamento, os mercados, etc.Nesse trabalho, trinta e três espécies foram separadas pelo tipo de usoem: “Frutos amidosos ou oleosos”; “Frutos suculentos”; “Óleo-resinas elátex”; “Óleos industriais”; “Óleos essenciais” e “Materiais industriais e paraartesanato”. Além da descrição botânica, fenológica e silvicultural, também sãoindicadas as possibilidades econômicas detalhadas em planilhas, onde figuramas principais etapas de cultivo, cada uma delas com os custos econômicoscorrespondentes, com previsão de investimento desde a preparação do solo paraplantio, até a disponibilização do produto no mercado, com lucro estimado.Clements (2008) lembra que os povos indígenas domesticaram cerca de50 espécies frutíferas na Amazônia embora tenham feito uso de um númerodesconhecido delas, mas ressalta que com exceção do açaí (Euterpe spp.),guaraná (Paulinia cupana), cacau (Theobroma cacao) e cupuaçu (Theobromagrandifolia), as demais estão a espera de mercado.Esse acervo de informações sobre uso da biodiversidade amazônicaencontra limitações de uso na esfera do conhecimento tradicional, na falta deassistência técnica competente, na ausência de transporte para escoamento daprodução e na inexistência de preços mínimos, existindo ainda, para o pequenoprodutor, a questão da titularidade da terra que é um documento importante paraconseguir financiamento bancário.Outro promissor uso da biota vegetal é formado por centenas de fragrânciasproduzidas por plantas aromáticas embora apenas três óleos essenciais sejamaproveitados pela indústria de perfumaria sendo o de maior representatividade olinalol extraído, do pau-rosa (Aniba roseadora) usado como fixador do perfumeChanel nº 5. O Mercado Ver-o-Peso, em Belém, concentra o comércio maisintenso e diversificado dessas espécies que produzem essências aromáticas,usadas pela população na fabricação de perfumes caseiros, chás, xaropes,infusões, “poções mágicas”, banhos de cheiro, e em rituais afro-brasileiros(Santos, 2008).Hiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 165livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 165 12/4/2011 17:33:<strong>13</strong>

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