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Número 13 / 14 - uea - pós graduação

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é, por outro lado, que as torna mais flexíveis e capazes de se adaptar às mudançassocioambientais. Além disso, para os agricultores de baixa renda a possibilidadede eliminar os custos com a aquisição de sementes comerciais também tem umpeso significativo na escolha das sementes locais.Os sistemas locais são amplamente predominantes nos países emdesenvolvimento, especialmente para algumas espécies agrícolas utilizadasna alimentação local. Estima-se que 1,4 bilhão de pessoas vivem em famíliasde agricultores que usam suas próprias sementes (FOWLER, HAWTIN,HODGKIN, 1999). Cerca de 80% das sementes dos países em desenvolvimentosão produzidas pelos próprios agricultores e na África esse total chega a 90%em alguns países (FAO, 1998). Na Índia, apesar de todos os investimentosinternacionais na criação de sistemas formais de sementes, calcula-se q<strong>uea</strong>penas 10% das sementes de variedades de arroz utilizadas pelos agricultoresprovenham de tais sistemas formais. Para outras espécies, como trigo, amendoime grão-de-bico, o percentual atinge menos de 5 por cento (TURNER, 1994). NoNepal, os sistemas formais também contribuem com menos de 5% das sementesdas principais espécies agrícolas, sendo o restante produzido pelos própriosagricultores (JOSHI, 2000). Nos países latino-americanos e caribenhos a FAOestima que cerca de 75% das sementes utilizadas pelos agricultores sejamprovenientes de sistemas locais (que a FAO denomina sistemas informais),apesar de todos os apoios e financiamentos destinados ao sistema formal porinstituições governamentais e multilaterais ao longo das últimas três décadas. Jáos sistemas locais receberam pouquíssimos investimentos e apoios de políticaspúblicas, mas prevalecem nos países latino-americanos.A produção de sementes pelos próprios agricultores é também bastantesignificativa em países industrializados. Os produtores de sementes europeusestimam que cerca de 50% das sementes utilizadas nos cultivos dos principaiscereais sejam produzidas pelos próprios agricultores, e, em países do sul daEuropa, como Itália e Grécia, apenas 10% das sementes (de cereais) sejamcompradas pelos agricultores. Na França, 50% das sementes de espéciesagrícolas de autopolinização, como trigo, são produzidas pelos agricultores, ena Alemanha avalia-se que esse número chegue a 46 por cento. Em Portugal, háestimativas de que esse número chegue a 75% e a 88% na Espanha (TOLEDO,2002). Os agricultores europeus mantêm a prática tradicional de reservar partede sua colheita para semeadura na safra seguinte. (KASTLER, 2005) Até mesmonos Estados Unidos a média de uso de sementes produzidas pelo sistema formal,no período de 1986 a 1997, foi de 37% para trigo, 78% para algodão e 81%para soja, tendo sido de 100% para o milho em virtude da utilização de híbridos(CARRARO, 2005; FERNANDEZ-CONEJO, 2004). Destaque-se que tanto nosHiléia - Revista do Direito Ambiental da Amazônia n 0 <strong>13</strong> |Jul - Dez| 2009 n 0 <strong>14</strong> |Jan - Jun| 2010 93livro hileia<strong>13</strong>,<strong>14</strong>.indd 93 12/4/2011 17:33:09

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