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As serpentes e o bastão: tecnociência, neoliberalismo e ... - CTeMe

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Apêndice I<br />

Economia e <strong>tecnociência</strong><br />

Um mapeamento preliminar do funcionamento anatômico e fisiológico da <strong>tecnociência</strong> pode<br />

ser efetuado por meio de um exame do tipo de financiamentos, da internacionalização das<br />

práticas de pesquisa, do centro de gravidade entre pesquisa aplicada ou de base, da<br />

proveniência dos capitais investidos em P&D (até poucos anos atrás concentrados na tríade<br />

Europa-EUA-Japão, hoje ampliados a todas as maiores economias emergentes: China, Coréia,<br />

Índia, Brasil etc).<br />

1. Dinheiro investido<br />

Em 2002, o investimento total mundial em P&D (pesquisa e desenvolvimento) foi estimado<br />

em ao menos 813 bilhões de dólares (NSF,<br />

2008, calculados com o método da Paridade<br />

do Poder de Compra).<br />

De acordo com um relatório detalhado da<br />

corporação Battelle (Duga e Studt, 2007), em<br />

2006 tais gastos ultrapassaram 1 trilhão de<br />

dólares: cerca de 2% do PIB mundial.<br />

Naturalmente, os centros de gravidade e<br />

nevrálgicos dos investimentos, nesta<br />

anátomo-economia da ciência, são<br />

desequilibrados. Dois países, Estados Unidos<br />

e Japão, são responsáveis por mais da metade do investimento mundial total. 95% do dinheiro<br />

para P&D é investido e localizado no conjunto Europa (cerca de 25%) – Estados Unidos<br />

(cerca de 30%) – Ásia (cerca de 40%).<br />

Menos de 2% de toda a P&D mundial é financiada ou efetuada na América Latina.<br />

Como porcentagem do PIB, nenhum país da América Latina chega a gastar 1% de seu PIB em<br />

345<br />

Figura 35. Gastos com P&D em diversas regiões<br />

do mundo. Fonte: NSF (2006)

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