18.04.2013 Views

Tese completa Jaci MenezesFCC

Tese completa Jaci MenezesFCC

Tese completa Jaci MenezesFCC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

“Existe um povo que a bandeira empresta<br />

Pra cobrir tanta infamia e cobardia!...<br />

E deixa-a transformar-se nessa festa<br />

Em manto impuro de baccante fria!<br />

Meu Deus, Meu Deus! Mas que bandeira<br />

é esta,<br />

Que impudente na gávea tripudia?<br />

Silêncio, Musa...Chora, mas chora tanto,<br />

Que o pavilhão se lave no teu pranto.<br />

Auriverde pendão da minha terra,<br />

Que a brisa do Brasil beija e balança,<br />

Estandarte que a luz do sol encerra<br />

E as promessas divinas da esperança...<br />

Tu que, da liberdade após a guerra,<br />

foste hasteada dos heróis na lança,<br />

Antes te houvessem roto na batalha,<br />

Que servires a um povo de mortalha.<br />

Fatalidade atroz que a mente esmaga!<br />

Extingue neste hora o brigue imundo<br />

O trilho que Colombo abriu nas vagas,<br />

Como um íris no pélago profundo!<br />

Mas é infâmia de mais!...Da éterea plaga,<br />

Levantai-vos, heroes do Novo Mundo!<br />

Andrada! arranca esse pendão dos ares!<br />

Colombo! fecha as portas dos teus<br />

mares!"<br />

São Paulo, 18 de abril de 1868.<br />

Antonio de Castro Alves.<br />

"Navio Negreiro"<br />

Cahe, orvalho, de sangue do escravo,<br />

Cahe orvalho, na face do algoz.<br />

Cresce, cresce, seara vermelha,<br />

cresce, cresce, vingança feroz."<br />

Antonio de Castro Alves,<br />

"Bandido Negro”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!