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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Por sua vez, Reese, Cox, Harte e McAnally (2003), utilizan<strong>do</strong> uma adaptação <strong>do</strong><br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> codificação das verbalizações maternas <strong>do</strong>s autores anteriores, i<strong>de</strong>ntificaram<br />

<strong>do</strong>is clusters s<strong>em</strong>elhantes ao estu<strong>do</strong> anterior, numa amostra da Nova Zelândia com<br />

<strong>de</strong>scendência europeia: (a) Estilo <strong>de</strong>scritivo - constituí<strong>do</strong> por mães que passaram mais<br />

t<strong>em</strong>po a nomear (e.g., personagens, objectos, cores), a <strong>de</strong>screver imagens e a solicitar<br />

i<strong>de</strong>ias à criança; e (b) Estilo compreensivo - cluster constituí<strong>do</strong> por mães que passaram mais<br />

t<strong>em</strong>po a realizar inferências <strong>de</strong> nível mais elabora<strong>do</strong> (i.e., predições, causalida<strong>de</strong>s) e a<br />

fornecer i<strong>de</strong>ias sobre a história, b<strong>em</strong> como a solicitar e a estabelecer relações entre o livro e<br />

as experiências pessoais da criança.<br />

Num estu<strong>do</strong> mais alarga<strong>do</strong>, Hammett, van Kleeck e Huberty (2003) observaram as<br />

interacções <strong>de</strong> 96 pais e respectivos filhos. Os autores i<strong>de</strong>ntificaram quatro clusters<br />

diferencia<strong>do</strong>s <strong>em</strong> função das seguintes categorias: (I) verbalizações sobre as convenções<br />

<strong>do</strong> impresso e <strong>do</strong> livro; (II) verbalizações sobre controlo <strong>de</strong> comportamento e feedback; (III)<br />

verbalizações sobre o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro classifica<strong>do</strong>s numa escala <strong>de</strong> quatro níveis <strong>de</strong><br />

abstracção (Nível I - e.g., nomeação, localização; Nível II – e.g., <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> características<br />

<strong>de</strong> um objecto ou cena; Nível III – e.g., recordação <strong>de</strong> informação, comparações e<br />

julgamentos; Nível IV – e.g., antecipações, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> palavras). Os Clusters 1 e 2<br />

agruparam os pais que forneceram um número eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> verbalizações extratextuais na<br />

maior parte das categorias. No entanto, os pais pertencentes ao Cluster 1 centraram mais a<br />

atenção das crianças nas convenções <strong>do</strong> impresso e <strong>do</strong> livro e realizaram com mais<br />

frequência <strong>de</strong>scrições e inferências (Nível II e III), enquanto que os pais <strong>do</strong> Cluster 2<br />

enfatizaram mais o controlo <strong>de</strong> comportamento e forneceram mais feedback à criança, b<strong>em</strong><br />

como informação não imediata (Nível IV). O Cluster 3 incluiu os pais que forneceram um<br />

número mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>de</strong> verbalizações (controlo <strong>do</strong> comportamento, feedback, Nível I e II).<br />

Finalmente, o Cluster 4, composto por mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> da amostra, representava os pais<br />

que contribuíram com um número limita<strong>do</strong> <strong>de</strong> verbalizações extratextuais ao nível <strong>de</strong> todas<br />

as categorias durante a situação <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> conjunta.<br />

Em Portugal, são escassos os estu<strong>do</strong>s que retratam a situação portuguesa<br />

relativamente às características das situações <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> conjunta entre pais e filhos. Neste<br />

contexto <strong>de</strong> investigação, Leal (2002) analisou situações <strong>de</strong> interacção entre mães e<br />

crianças <strong>de</strong> 4 anos à volta <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> imagens <strong>em</strong> função <strong>do</strong> nível da solicitação <strong>do</strong><br />

adulto/iniciativa da criança e <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> elaboração das interacções. Numa amostra <strong>de</strong> 46<br />

día<strong>de</strong>s, a autora i<strong>de</strong>ntificou 4 clusters com padrões <strong>de</strong> interacção distintos: o Cluster 1 era<br />

constituí<strong>do</strong> por día<strong>de</strong>s caracterizadas por interacções pouco elaboradas e centradas no<br />

adulto (pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> natureza directiva e perceptiva); o Cluster 2 agrupou as día<strong>de</strong>s<br />

constituídas por mães com intervenções mais elaboradas, ainda que com pouca solicitação<br />

à criança; o Cluster 3 era composto por día<strong>de</strong>s caracterizadas por intervenções elaboradas<br />

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