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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Comeu muitas nuvens e conseguiu encher os lagos e os rios; “as árvores<br />

voltaram a crescer gran<strong>de</strong>s e fron<strong>do</strong>sas, as flores voltaram a sorrir ao orvalho da<br />

manhã.” (p.12).<br />

1.2 - Cooperação<br />

Não é fácil <strong>de</strong>stacar algum <strong>do</strong>s valores que to<strong>do</strong>s insistimos que é necessário<br />

valorizar e incutir nas crianças, e pensamos que to<strong>do</strong>s são importantes e<br />

indispensáveis. Ainda assim, atrev<strong>em</strong>o-nos a dizer que, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s valores, a<br />

socieda<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> subsistir como um lugar on<strong>de</strong> possamos viver <strong>em</strong> Harmonia, e a<br />

Cooperação é, <strong>em</strong> nosso enten<strong>de</strong>r, um <strong>de</strong>sses valores. Em alguns livros, não muitos,<br />

infelizmente, o t<strong>em</strong>a é aborda<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma ex<strong>em</strong>plar.<br />

“Vamos Fazer Amigos”, <strong>de</strong> Adam Relf, é uma obra que, sob o t<strong>em</strong>a da<br />

Amiza<strong>de</strong>, escon<strong>de</strong> outros valores que a tornam indispensável; pela <strong>do</strong>çura da forma<br />

como veicula esses valores, é também extraordinariamente cativante.<br />

Aborrecida com a sua solidão, uma Raposinha queria fazer um amigo, ten<strong>do</strong><br />

feito, s<strong>em</strong> sucesso, várias tentativas com a colaboração <strong>de</strong> alguns animais.<br />

Desalentada, é a mãe, presença sábia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da história, que lhe permite<br />

perceber que criara laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> com o Coelho e com o Esquilo enquanto juntos<br />

construíram os bonecos.<br />

“O Nabo Gigante”, <strong>de</strong> Alexis Tolstoi, é um livro admirável e bastante conheci<strong>do</strong><br />

hoje pelas crianças e pelos adultos, e merece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>de</strong>staque que possamos dar-lhe;<br />

ninguém fica indiferente aos múltiplos apelos <strong>do</strong> texto, ao nível da cooperação, e<br />

também da imag<strong>em</strong>.<br />

Na horta havia um nabo que “parecia ser muito gran<strong>de</strong>. De facto, parecia<br />

gigante.” (s/p). E era; o velhinho não consegue puxá-lo.<br />

Inicia-se então uma cooperação que vai implican<strong>do</strong> os diferentes animais, a<br />

começar pelos mais fortes: a vaca, os <strong>do</strong>is porcos barrigu<strong>do</strong>s, os três gatos pretos, as<br />

quatro galinhas sarapintadas, os cinco gansos brancos, os seis canários amarelos.<br />

E, um pouco ao jeito <strong>do</strong>s textos tradicionais nos quais o mais pequeno, o mais<br />

fraco, é geralmente o que resolve o enigma, é todavia a colaboração <strong>de</strong> um rato que a<br />

velhinha conseguiu capturar e que permite que o nabo saia da terra e possa <strong>de</strong>le<br />

fazer-se uma saborosa sopa com que to<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>liciam.<br />

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