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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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E quan<strong>do</strong> regressam a casa, o amor que envolve o menino continua a<br />

manifestar-se e o texto revela-o <strong>de</strong> forma explícita: “Este menino foi leva<strong>do</strong> para casa,<br />

ro<strong>de</strong>a<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o respeito, como obra <strong>de</strong> milagre.”<br />

2. Emoções<br />

Vamos reflectir agora, como indicámos <strong>de</strong> início, sobre as Emoções - apenas o<br />

Me<strong>do</strong> e a Tristeza.<br />

Convém que apresent<strong>em</strong>os uma breve explicação acerca <strong>de</strong>sta escolha, que é<br />

<strong>de</strong>liberada e consciente; é também nossa escolha que muitas das situações<br />

apresentadas tenham subjacente a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Morte.<br />

É que nós acreditamos, e não estamos sozinhos nesta crença, que é benéfico<br />

para as crianças experimentar estas situações através da ficção; viven<strong>do</strong>-as com as<br />

personagens que lê<strong>em</strong> ou ouv<strong>em</strong> ler; po<strong>de</strong>rão assim enfrentá-las na vida com mais<br />

segurança e firmeza.<br />

Começamos com o Me<strong>do</strong>.<br />

2.1 - Me<strong>do</strong><br />

Po<strong>de</strong>mos ler, hoje, vários estu<strong>do</strong>s sobre o Me<strong>do</strong>; há até qu<strong>em</strong> afirme que o Amor<br />

e o Me<strong>do</strong> constitu<strong>em</strong> os alicerces da construção da nossa personalida<strong>de</strong>. Também<br />

l<strong>em</strong>os, ou ouvimos, muitas vezes, que a experiência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> me<strong>do</strong> nos torna<br />

mais fortes. Até acreditamos nestas afirmações, mas, ainda que tenhamos algumas<br />

dúvidas, não po<strong>de</strong>mos ignorar os me<strong>do</strong>s da criança que to<strong>do</strong>s conhec<strong>em</strong>os<br />

sobejamente e, provavelmente, b<strong>em</strong> <strong>de</strong> perto.<br />

Ora se a criança <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s experimenta situações <strong>de</strong> Me<strong>do</strong>, é<br />

saudável, s<strong>em</strong> dúvida, que ela possa acompanhar os me<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus parceiros: os<br />

habitantes <strong>do</strong> planeta <strong>do</strong>s livros. Esta experiência po<strong>de</strong> ajudá-la a relativizar e<br />

ultrapassar esses me<strong>do</strong>s.<br />

Um <strong>do</strong>s livros que l<strong>em</strong>os, “Contos da Mata <strong>do</strong>s Me<strong>do</strong>s”, <strong>de</strong> Álvaro Magalhães,<br />

conforme o título indica, contém várias situações vividas pelas personagens que são<br />

experiências <strong>de</strong> Me<strong>do</strong>.<br />

Num espaço quase mágico, numa “pequena clareira <strong>do</strong>minada por um pinheiro<br />

manso muito alto”, viv<strong>em</strong> alguns animais, b<strong>em</strong> diferentes uns <strong>do</strong>s outros, mas que<br />

sab<strong>em</strong> apreciar a beleza, <strong>de</strong>scansar, trabalhar e entreajudar-se; há algo a apren<strong>de</strong>r<br />

com o Caracol, o Chapim, o Coelho, a Lagarta, o Ouriço, o Sapo Velho, o Sapo Muito<br />

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