20.04.2013 Views

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

instrumentos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> referência criterial (Valadares & Graça, 1999), pois cada aluno<br />

é avalia<strong>do</strong> por si, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>do</strong>s outros alunos.<br />

Assim, e apesar da fiabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s testes estandardiza<strong>do</strong>s referencia<strong>do</strong>s a critério e <strong>de</strong><br />

a sua correcção estar assegurada, será que cada uma das provas <strong>de</strong> Língua Portuguesa<br />

para o 4º <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> é equivalente à <strong>do</strong> ano anterior, logo, passível <strong>de</strong> comparação?<br />

(Creswell, 2003). Este estu<strong>do</strong> longitudinal preten<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a esta questão, ten<strong>do</strong> por<br />

base a avaliação da competência “Compreensão da <strong>leitura</strong>”. Para tal, importa clarificar<br />

alguns conceitos.<br />

2. A Leitura e a sua Compreensão<br />

Como é sabi<strong>do</strong>, a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceitos e <strong>de</strong>finições <strong>em</strong> torno <strong>do</strong> acto <strong>de</strong> ler ou<br />

<strong>leitura</strong> têm prolifera<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> no enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Viana & Teixeira (2002) “mais suposições<br />

hipotéticas <strong>do</strong> que a <strong>leitura</strong> <strong>de</strong>ve ser, e não <strong>de</strong>scrições neutras <strong>do</strong> que a <strong>leitura</strong> é.” (p.11).<br />

Encarada como <strong>de</strong>finição científica, a <strong>leitura</strong> é o “estabelecimento <strong>de</strong> uma<br />

correspondência entre um padrão visual, composto por uma sequência <strong>de</strong> letras, na<br />

pronúncia que lhe correspon<strong>de</strong>” (Leite, Fernan<strong>de</strong>s, Araújo, Fernan<strong>de</strong>s, Queri<strong>do</strong>, Castro,<br />

Ventura, e Morais, 2006,p.131), sen<strong>do</strong> a sua finalida<strong>de</strong> a compreensão da mensag<strong>em</strong><br />

escrita (Morais, 1997) e <strong>em</strong> nossa opinião a interpretação. Todavia, tal como refer<strong>em</strong> Sim-<br />

Sim & Micaelo (2006) esta compreensão não é uma realida<strong>de</strong> dicotómica reduzida “a<br />

compreen<strong>de</strong>” ou “não compreen<strong>de</strong>”, mas a um “produto variável” no qual intervém o leitor, a<br />

sua experiência, o conhecimento que possui sobre o assunto, os seus conhecimentos<br />

linguísticos “a capacida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z da <strong>de</strong>scodificação e da eficácia <strong>de</strong> mobilização <strong>de</strong><br />

estratégias que activam a compreensão” (p.12), numa interacção, na qual intervêm três tipos<br />

<strong>de</strong> variáveis, esqu<strong>em</strong>atizada na figura 1.<br />

Figura 1- Mo<strong>de</strong>lo cont<strong>em</strong>porâneo da compreensão na <strong>leitura</strong>. In Giasson (2000, p.21).<br />

142

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!