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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Ora, a ser usa<strong>do</strong> para as imagens, e uma vez que não faz senti<strong>do</strong> distinguir<br />

<strong>de</strong>cifração <strong>de</strong> compreensão, mas percepção <strong>de</strong> compreensão, o termo <strong>leitura</strong><br />

<strong>de</strong>veria ser entendi<strong>do</strong> s<strong>em</strong>pre no senti<strong>do</strong> da compreensão (un<strong>de</strong>rstanding) e esta<br />

seria uma das razões por que a <strong>de</strong>signação <strong>leitura</strong>, quan<strong>do</strong> associada a textos<br />

visuais não verbais, po<strong>de</strong> ganhar alguma ambiguida<strong>de</strong>.<br />

Se consi<strong>de</strong>ramos que não é totalmente correcto importarmos o termo<br />

<strong>de</strong>cifração para a <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> imagens, o que se enten<strong>de</strong>, então, por “compreen<strong>de</strong>r<br />

uma imag<strong>em</strong>”? O certo é que a compreensão <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> pressupõe mais <strong>do</strong><br />

que um nível <strong>de</strong> análise e para a sua <strong>leitura</strong> (se enten<strong>de</strong>rmos <strong>leitura</strong> como<br />

compreensão) a i<strong>de</strong>ntificação da dimensão representativa, apesar <strong>de</strong> implicar a<br />

i<strong>de</strong>ntificação/compreensão <strong>de</strong> algumas características estruturais, não é suficiente.<br />

A compreensão da mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> implica, a par da i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s<br />

objectivos da sua reprodução, a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> características sémicas <strong>de</strong>correntes da<br />

organização retórica <strong>do</strong>s seus el<strong>em</strong>entos.<br />

Os contextos <strong>em</strong> que os sist<strong>em</strong>as s<strong>em</strong>ióticos verbais e picturais aparec<strong>em</strong><br />

hoje interliga<strong>do</strong>s são múltiplos e difíceis <strong>de</strong> distinguir. Entre eles, encontramos, s<strong>em</strong><br />

dúvida nenhuma como alguns <strong>do</strong>s mais produtivos, a publicida<strong>de</strong>, a arte e a<br />

ilustração nas obras <strong>de</strong> literatura para a infância.<br />

Quadro III – Tipologia <strong>de</strong> textos bimodais<br />

Textos bimodais (verbais e picturais) Baptista, 2009<br />

Textos mistos<br />

Textos híbri<strong>do</strong>s<br />

Textos fusionais<br />

evi<strong>de</strong>nciam apenas uma parceria <strong>de</strong> textos eventualmente com<br />

consequências no processamento visual e cognitivo, mas<br />

nenhuma das instâncias textuais afecta significativamente a<br />

outra<br />

part<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma concepção dinâmica <strong>de</strong> texto, geram o produto<br />

factorial das duas instâncias textuais; activam formas <strong>de</strong><br />

processamento bimodal, estabelec<strong>em</strong> relações <strong>de</strong>ícticas in<br />

praesentia e in absentia e qualquer uma das instâncias po<strong>de</strong><br />

afectar a compreensão da outra<br />

part<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma concepção híbrida <strong>de</strong> texto, geram<br />

inequivocamente um produto factorial das duas instâncias, não<br />

permit<strong>em</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s meios apresentativos e<br />

representativos; activam formas <strong>de</strong> processamento ainda por<br />

<strong>de</strong>finir.<br />

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