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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Introdução<br />

Com frequência aparec<strong>em</strong> hoje livros <strong>de</strong> literatura para a infância que, pela sua<br />

varieda<strong>de</strong> t<strong>em</strong>ática, gráfica e escrita, nos po<strong>de</strong>rão servir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s didáctico-pedagógicas diversas. Contu<strong>do</strong>, e ten<strong>do</strong> <strong>em</strong> conta esta multiplicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> opções, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os pensar no livro enquanto conteú<strong>do</strong> explorável, para que não se anule a<br />

parcela educativa que se preten<strong>de</strong> ver <strong>de</strong>senvolvida no conjunto das tarefas propostas pelo<br />

adulto à criança. Foi num longo processo <strong>de</strong> selecção que encontrámos a história “O<br />

Cuque<strong>do</strong>”. Entre histórias <strong>de</strong> gatos, fadas, monstros, crocodilos, outros animais e seres<br />

estranhos, encontrámos um ser estranho que era “muito assusta<strong>do</strong>r” e que pregava “sustos<br />

a qu<strong>em</strong> estivesse para<strong>do</strong> no mesmo lugar”. Assumiu assim a história o interesse da<br />

transformação <strong>do</strong> vulgar animal num outro ser que a criança criou e recriou mentalmente à<br />

medida que a história foi sen<strong>do</strong> contada. Essa transformação fez-se tanto nas dimensões <strong>do</strong><br />

suposto animal assusta<strong>do</strong>r, como no seu aspecto gráfico.<br />

Desenvolvimento<br />

Exist<strong>em</strong> palavras que, ao não subsistir<strong>em</strong> enquanto vocábulos da nossa língua<br />

materna, se constitu<strong>em</strong> <strong>em</strong> verda<strong>de</strong>iras motivações. Acontece com a palavra “cuque<strong>do</strong>” que.<br />

ao ser uma palavra inventada, t<strong>em</strong> um efeito mágico nas crianças, permanecen<strong>do</strong>, ao longo<br />

<strong>de</strong> toda a história “O Cuque<strong>do</strong>”, uma ligação afectiva intrínseca, sen<strong>do</strong> que a figura <strong>do</strong> ser<br />

estranho é revelada apenas no seu final. “O Cuque<strong>do</strong>” assenta num jogo que representa<br />

uma acção entre as imagens e as palavras, e haven<strong>do</strong> repetição <strong>de</strong> vocábulos e sons<br />

acrescenta-se o limite <strong>do</strong> prazer da audição. Este prazer po<strong>de</strong> ser amplia<strong>do</strong> se pensarmos<br />

<strong>em</strong> formas alternativas <strong>de</strong> contar histórias. Uma <strong>de</strong>ssas formas resultou na transformação<br />

da história “O Cuque<strong>do</strong>” num cartaz com códigos cinéticos, que se apresenta:<br />

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