20.04.2013 Views

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Fig.11 - A revolução das letras: o 25 <strong>de</strong> Abril explica<strong>do</strong> às crianças<br />

Ilustra<strong>do</strong>r: Fedra Santos; Autor: Virgílio Vieira. Campo das Letras: 2004<br />

Fig.12 - A revolução das letras: o 25 <strong>de</strong> Abril explica<strong>do</strong> às crianças<br />

Ilustra<strong>do</strong>r: Fedra Santos; Autor: Virgílio Vieira. Campo das Letras: 2004<br />

Na fig.12, o <strong>de</strong>signer procura que a inserção <strong>do</strong> texto estabeleça uma forte relação <strong>de</strong><br />

cumplicida<strong>de</strong> com toda a imag<strong>em</strong> (que não t<strong>em</strong> limites, ocupan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o nosso campo visual).<br />

O texto, surge coloca<strong>do</strong> na página <strong>em</strong> cima das luzes produzidas pelos holofotes <strong>do</strong> quartel<br />

general. Como se, s<strong>em</strong> a sua luz, nós leitores, não conseguíss<strong>em</strong>os ver a agitação das letras<br />

no quartel. Permite-nos também “ouvir” os gritos <strong>do</strong> coronel, uma vez que as palavras por si<br />

proferidas sobressa<strong>em</strong> no corpo através <strong>do</strong> recurso a letras com um corpo muito maior <strong>do</strong> que<br />

as <strong>do</strong> restante texto.<br />

A partir <strong>de</strong> jogos tipográficos, o <strong>de</strong>signer não só incute maior intensida<strong>de</strong> e ritmo à<br />

história, como faz com que texto e imag<strong>em</strong> se relacion<strong>em</strong> <strong>de</strong> forma mais íntima e harmoniosa<br />

<strong>de</strong> maneira que a disposição gráfica da página po<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre as suas múltiplas <strong>leitura</strong>s, ser<br />

apreendida num mesmo enuncia<strong>do</strong>.<br />

Por conseguinte, o trabalho gráfico é responsável por sublinhar e marcar um certo ritmo<br />

que, ora cunha a sua presença numa só página, ora nas duas, instauran<strong>do</strong> “a linha como<br />

palco para um s<strong>em</strong> fim <strong>de</strong> malabarismos que retêm o olhar e interfer<strong>em</strong> nos ritmos <strong>de</strong> <strong>leitura</strong>,<br />

transforman<strong>do</strong> os carreiros <strong>de</strong> graf<strong>em</strong>as, que compõ<strong>em</strong> os textos, <strong>em</strong> imagens” (Maia, 2003,<br />

p. 148).<br />

Não <strong>de</strong> menos importância para o presente estu<strong>do</strong> são alguns aspectos materiais <strong>do</strong><br />

livro, como a forma, o formato e a mancha gráfica <strong>do</strong> livro (disposição <strong>do</strong> texto e da imag<strong>em</strong>),<br />

375

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!