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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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são apresenta<strong>do</strong>s pelo autor, mas são, sim, frutos da imaginação <strong>do</strong> ilustra<strong>do</strong>r, cabe ao<br />

leitor direcionar uma finalida<strong>de</strong> a eles.<br />

Figura 2 – “O Elefante” <strong>de</strong> Dr. Urubu e Outras Fábulas.<br />

Fonte: Gullar (2005a).<br />

O ilustra<strong>do</strong>r revelou, sobre isso, que os <strong>de</strong>senhos assim, cheios <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, têm “a<br />

intenção <strong>de</strong> povoar a história com outras possibilida<strong>de</strong>s, <strong>leitura</strong>s etc.” (informação verbal) 5<br />

.<br />

Ele ainda diz que:<br />

É claro que uns caras como o genial Gullar não precisam <strong>de</strong> alguém inventan<strong>do</strong> mais<br />

coisas <strong>em</strong> volta <strong>de</strong> seus textos, mas o livro é um objeto caro no Brasil e eu não resisto ao<br />

fato <strong>de</strong> querer que ele fique mais t<strong>em</strong>po na mão da criançada, além <strong>de</strong> ser um intrometi<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> primeira. De primeira infância, é lógico! (informação verbal).<br />

Mesmo trabalhan<strong>do</strong> com linguagens distintas, autor e ilustra<strong>do</strong>r, na literatura infantil,<br />

po<strong>de</strong>m ter a mesma liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação, transforman<strong>do</strong>, assim, o projeto gráfico <strong>em</strong> “uma<br />

sinfonia <strong>de</strong> ritmos” (Brandão, 2008, não pagina<strong>do</strong>).<br />

Ilustrar uma história pressupõe entrar num texto para o enten<strong>de</strong>r, encontrar um<br />

alfabeto certo <strong>de</strong> formas e cores para o acompanhar. É possível ser fiel à história, mas<br />

também um bocadinho trai<strong>do</strong>r. Um ilustra<strong>do</strong>r não t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser o vassalo <strong>do</strong> autor, <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>senvolver um novo espaço a partir <strong>do</strong> texto. Melhor, num livro ilustra<strong>do</strong> os autores são<br />

<strong>do</strong>is: o escritor e o ilustra<strong>do</strong>r (Era..., 2002, não pagina<strong>do</strong>).<br />

Ao abrir as páginas <strong>de</strong> Dr. Urubu e Outras Fábulas, o leitor logo se <strong>de</strong>para com uma<br />

ilustração viva, colorida e engraçada, on<strong>de</strong> lhe são apresentadas árvores narigudas, gatos<br />

5 Cláudio Martins. Entrevista concedida por e-mail aos autores. 23 jan. 2008.<br />

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