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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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1. Histórias no ensino <strong>de</strong> línguas.<br />

“In using stories in language teaching we are using something much bigger and more<br />

important than language teaching itself.” (Wright, 2003:7)<br />

A prática <strong>de</strong> usar histórias representa uma abordag<strong>em</strong> holística no ensino-aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

línguas, funda<strong>do</strong> no conceito <strong>de</strong> que os aprendizes precisam <strong>de</strong> interagir com ex<strong>em</strong>plos da<br />

linguag<strong>em</strong> ricos e autênticos. A abordag<strong>em</strong> comunicativa possibilitou o surgimento das histórias<br />

nas nossas salas, trazen<strong>do</strong> para o ensino <strong>de</strong> línguas o seguinte:<br />

• um foco no conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> material;<br />

• o uso da língua-alvo para compreen<strong>de</strong>r textos autênticos;<br />

• um foco no processo e não <strong>do</strong> produto;<br />

• uma ênfase na negociação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> e não na pré-<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> mesmo;<br />

• um professor facilita<strong>do</strong>r.<br />

O uso <strong>de</strong> histórias no ensino <strong>de</strong> línguas vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu uso exclusivo, planifican<strong>do</strong> o<br />

programa <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> à sua volta, até ao seu uso apenas nos momentos <strong>de</strong> folga (<strong>do</strong><br />

trabalho verda<strong>de</strong>iro!). Também as histórias têm muitas formas: adaptações <strong>de</strong> histórias<br />

tradicionais; histórias escritas mesmo para o ensino <strong>de</strong> inglês (<strong>em</strong> formato <strong>de</strong> livro ou não); e<br />

livros ilustra<strong>do</strong>s, muitas vezes neste contexto chama<strong>do</strong>s “real books” (livros verda<strong>de</strong>iros!) Mas o<br />

que é um “real book”, um livro verda<strong>de</strong>iro no ensino das línguas? “Escritos para entreter crianças,<br />

“realbooks” é o nome da<strong>do</strong> a uma categoria <strong>de</strong> livros ilustra<strong>do</strong>s que usam linguag<strong>em</strong> autêntica...<br />

As crianças gostam <strong>de</strong>les; ajudam a criar o factor “feel good” no que toca a aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

inglês. Proporcionam experiências estimulantes que correspon<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s educativas<br />

globais das crianças, e oportunida<strong>de</strong>s para a aquisição <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> através <strong>de</strong> uma experiência<br />

interessante.” (Dunn 2003:106)<br />

O termo “realbook” v<strong>em</strong> <strong>do</strong>s anos 70 na Grã-Bretanha, quan<strong>do</strong> professores <strong>do</strong> ensino básico<br />

i<strong>de</strong>ntificaram o potencial <strong>do</strong>s “realbooks” para leitores iniciais. Naquela altura, usavam “reading<br />

sch<strong>em</strong>es”, livros feitos com o objectivo <strong>de</strong> ensinar a ler, com níveis <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> gradativos,<br />

muitas vezes pouco interessantes e feios <strong>em</strong> termos gráficos. Meek (1988:19) comparava “real<br />

books” e “reading sch<strong>em</strong>es” assim: “as interacções tornadas possíveis por ilustra<strong>do</strong>res e<br />

escritores hábeis têm <strong>de</strong> longe maior peso <strong>do</strong> que o que po<strong>de</strong> ser aprendi<strong>do</strong> através <strong>de</strong> livros que<br />

não oferec<strong>em</strong> aos leitores qualquer divertimento, qualquer <strong>de</strong>safio ou qualquer ajuda.” Nesta<br />

maneira Meek <strong>de</strong>staca imediatamente aquilo que faz <strong>do</strong> livro ilustra<strong>do</strong> algo <strong>de</strong> tão especial: as<br />

interacções tornadas possíveis por ilustra<strong>do</strong>res e escritores hábeis.<br />

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