de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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• elaborar histórias e textos mais longos e complexos, desenvolver processos construtivos de escrita de natureza colaborativa mais facilmente do que através da utilização dos instrumentos de escrita tradicional, dada a possibilidade de partilhar o teclado e a imagem no ecrã; • experimentar a funcionalidade da linguagem escrita, produzindo e editando textos cuja qualidade e aparência encoraja as crianças à troca de comunicação escrita; • combinar desenho e escrita, aliando a produção de textos à utilização diversificada de imagens disponíveis ou criadas pela criança, contribui para gerar novas ideias e produção de texto escrito; • comunicar com outras crianças e adultos, tirando partido do correio electrónico. Rodríguez (2007) releva a importância do respeito entre os recursos. Ainda que as novas tecnologias ofereçam enormes possibilidades de trabalho, convém ter presente que é preciso saber respeitar as diferentes tarefas e actividades ao redor dos “velhos” e “novos” recursos. Recortar, manipular, pegar … ocupam um papel muito importante nos processos de ensino-aprendizagem do mesmo modo que navegar na web, etc. Contudo, chama a atenção para não deixarmos passar ao lado as possibilidades que as TIC nos oferecem. 2.1 Espaços de experimentação A integração das TIC na educação tem abalado convicções e princípios pedagógicos tradicionais. Os métodos tradicionais têm como centro a exposição do professor, partindo-se do princípio de que é suficiente escutar e decorar para adquirir conhecimentos. Centram-se em estratégias de ensino e na transmissão de conhecimentos. Para Osoro (2000) “se caía en otros errores como la lectura en voz alta como único procedimiento (¿cuándo la utilizamos los adultos?) y en el empleo de un mismo libro de lectura (construido la mayor parte de las veces a base de textos poco significativos para el niño, o fragmentos de obras de calidad anexados unos a otros sin ninguna lógica) que todos los alumnos debían seguir "por la misma página, al mismo ritmo, con la misma entonación"... Todos hemos empleado estos métodos de trabajo y si somos sinceros reconoceremos que seguimos utilizándolos, aunque ahora intercalamos –¡gracias a Dios!– técnicas más modernas e individualizadas. Y debemos admitir que esos procedimientos hacen comprender al niño que la lectura es lo más opuesto a una actividad lúdica, placentera y libré”. As TIC podem ajudar a personalizar o ensino e a centrar o aluno na aprendizagem e na construção do seu próprio conhecimento, podem ajudar a dar sentido à aprendizagem ao permitir uma actividade global e funcional que abrange aspectos da vida quotidiana. Várias experiências têm sido realizadas neste sentido. Quadros Flores & Escola (2007) referem uma experiência na plataforma Moodle com alunos do 1.º ano do 1.º Ciclo. A nível da Língua Portuguesa, foi oferecida aos alunos uma panóplia diversificada de 193
escolhas, a fim de desenvolverem diferentes competências: histórias contadas, escritas e interactivas, poesia, lengalengas exercícios de leitura, fichas para consolidação de conhecimentos. Algumas destas histórias e lengalengas foram trabalhadas na sala de aula (contadas, dramatizadas e re-escritas em livro). Os exercícios de leitura serviram para desenvolver a leitura, mas eram retiradas algumas palavras e frases para fazerem um ditado escrito. Utilizou-se a máquina de filmar e gravador para que as crianças se pudessem ver/ouvir e assim melhorar a leitura. Apesar de se tratar de uma escola TEIP, na Páscoa todas as crianças estavam a ler, mesmo sem terem trabalhado alguns casos de leitura. Relativamente ao uso da tecnologia em contexto educativo, solicitámos aos professores do 1º Ciclo do Ensino Básico que leccionavam em escolas públicas e privadas nos concelhos do Porto, Gaia, Gondomar, Matosinhos, Maia e Valongo que fizessem um breve resumo das suas “boas práticas” com TIC no inquérito “Partilha de boas práticas”. Nos inquéritos já recolhidos, os professores dizem que realizam as seguintes actividades com TIC: • word (processamento de texto) para construção de frases e pequenos textos (1º ano), ditados, cópias, trabalhos individuais e em grupo, área vocabular, lista de palavras, digitação e correcção de textos (2º ano); escrita de textos para o jornal da escola, textos individuais e colectivos, escrita de sumários diários, resumo das histórias contadas, poemas e ideias (3º ano); criação de textos para área-projecto, ditados, cópias, resumos de histórias, trabalho livre individual ou em grupo, desenvolvimento de um projecto sobre Miguel Sousa Tavares, escrita de livros, escrita de textos com hiperligações, registo de textos, fichas de trabalho, elaboração do livro da turma (4º ano); • jogos didácticos para desenvolver competências de leitura e de escrita (1º ano); vocabulário, educação relacional, reciclagem, jogos de língua portuguesa para correcção de textos, pesquisa no dicionário (2º ano); jogos de língua portuguesa como exercícios para consolidação e complementação da matéria, jogos educativos e interactivos (3º ano); jogos pedagógicos diversos (4º ano); • PowerPoint com histórias, animações de leitura, noção de frase, história das letras, exploração de contos tradicionais (1º ano); exercícios de leitura, hora do conto, apresentação de matéria e consolidação de conteúdos (2º e 3º anos), apresentação da obra "O segredo do Rio", apresentação de histórias e outros conteúdos (4º ano); • O Excel foi referenciado como utilizado por alguns professores, mas não identificam as actividades; • Internet como espaço de pesquisa de imagens e de informação para aprofundamento de temas, consolidação de conteúdos curriculares e ilustração de textos em todos os anos escolares. São usadas ainda actividades como WebQuest, Caça ao Tesouro e Hotpotatoes. Contudo, o 1º ano procura mais sites educativos, jogos diversos e histórias 194
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WILSON, M. (2005). Storytelling and
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