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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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A situação passa-se num rebanho <strong>em</strong> que há uma ovelha preta que gosta <strong>de</strong><br />

pensar e n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre obe<strong>de</strong>ce às or<strong>de</strong>ns <strong>do</strong> Piloto – o cão que, por isso, preten<strong>de</strong><br />

que ela seja vendida. A ovelha sente-se triste e até pe<strong>de</strong> ao pastor que lhe faça um<br />

casaquinho branco para passar <strong>de</strong>spercebida.<br />

Entretanto há um t<strong>em</strong>poral e é a ovelha preta que encontra um abrigo para o<br />

rebanho; quan<strong>do</strong> o pastor pensa que per<strong>de</strong>u as suas ovelhas, <strong>de</strong>scobre-a no alto da<br />

montanha e, perto <strong>de</strong>la, numa gruta, to<strong>do</strong> o rebanho; o facto <strong>de</strong> esta ter consegui<strong>do</strong><br />

salvar o rebanho mereceu-lhe elogios <strong>do</strong> pastor; e até o Piloto, apesar <strong>do</strong>s ciúmes,<br />

reconhece o valor da ovelhinha preta.<br />

É então que o pastor <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> aproveitar a sua lã para “fazer padrões muito<br />

bonitos com lã preta e branca!”. Fez um bom negócio e “com o dinheiro comprou mais<br />

algumas ovelhas e carneiros pretos.<br />

Em breve tinha um rebanho <strong>de</strong> ovelhas e carneiros brancos e pretos e<br />

malha<strong>do</strong>s.<br />

Eram to<strong>do</strong>s diferentes, e ainda b<strong>em</strong>, porque agora eram to<strong>do</strong>s iguais.” (pp.50-<br />

52).<br />

1.4 - Família<br />

A Família, que to<strong>do</strong>s perceb<strong>em</strong>os ser o alicerce da socieda<strong>de</strong>, aparece<br />

representada nos livros <strong>de</strong> Literatura para a Infância, mas talvez essa presença<br />

<strong>de</strong>vesse ser mais sist<strong>em</strong>ática. Infelizmente neste t<strong>em</strong>a, como <strong>em</strong> muitos outros,<br />

quan<strong>do</strong> perscrutamos a Literatura, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre somos recompensa<strong>do</strong>s nessa<br />

procura...<br />

Por ex<strong>em</strong>plo, no caso da a<strong>do</strong>pção, que vamos apresentar <strong>em</strong> primeiro lugar<br />

neste it<strong>em</strong>, não encontramos muitos livros – apenas <strong>do</strong>is, neste conjunto que<br />

analisámos.<br />

Em “O Coelhinho Tr<strong>em</strong>eliques”, <strong>de</strong> Kes Gray, um coelho vive com os seus<br />

pais - Caniço e Mil-Folhas - e são muito felizes.<br />

Um dia, porém, os pais quer<strong>em</strong> ter uma conversa com o coelhinho; todavia estão<br />

tão nervosos que, <strong>de</strong> início, n<strong>em</strong> conseguiam falar...<br />

Fizeram-lhe uma revelação extraordinária: Caniço - um cavalo - e Mil-Folhas -<br />

uma vaca - não são os seus pais, levan<strong>do</strong>-o a <strong>de</strong>scobrir o quanto <strong>de</strong>les era diferente.<br />

O Coelho nunca tinha nota<strong>do</strong> algo <strong>de</strong> invulgar, até porque viviam num túnel,<br />

como se <strong>de</strong> uma toca se tratasse, e os três comiam cenouras. Fica tristíssimo, começa<br />

a chorar e foge. Quan<strong>do</strong> o encontram, “O seu pêlo cinzento estava mancha<strong>do</strong> com<br />

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