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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Assim, foram consi<strong>de</strong>radas como estan<strong>do</strong> <strong>em</strong> risco <strong>de</strong> vir<strong>em</strong> a manifestar<br />

dificulda<strong>de</strong>s na aprendizag<strong>em</strong> da <strong>leitura</strong> 32 crianças, pois estas tiveram somatórios<br />

<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s nas quatro provas que se situavam abaixo <strong>de</strong> 29, valor que<br />

correspon<strong>de</strong> <strong>do</strong> percentil 26 1<br />

, calcula<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os somatórias das 138<br />

crianças observadas. Deste mo<strong>do</strong>, a amostra era constituída por 32 crianças (17 <strong>do</strong><br />

género masculino e 15 <strong>do</strong> género f<strong>em</strong>inino), que no início <strong>do</strong> ano lectivo 2001/2002<br />

pareciam po<strong>de</strong>r vir a manifestar dificulda<strong>de</strong>s na aprendizag<strong>em</strong> da <strong>leitura</strong>.<br />

Em Set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2001, momento <strong>em</strong> que a investigação se iniciou, a ida<strong>de</strong><br />

média das crianças da amostra era <strong>de</strong> 6 anos e 2,72 meses, com um <strong>de</strong>svio padrão<br />

<strong>de</strong> 4,51 meses e com um máximo <strong>de</strong> 7 anos e 2 meses e um mínimo <strong>de</strong> 5 anos e 8<br />

meses. Todas as crianças tinham frequenta<strong>do</strong> jardins <strong>de</strong> infância durante um ou mais<br />

anos, verifican<strong>do</strong>-se que a maioria (25 ou 78.2%) o fizeram durante <strong>do</strong>is ou três anos.<br />

No que se refere ao nível socioeconómico das crianças, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> através da<br />

Escala <strong>de</strong> Graffar, adaptada por Fonseca (1990), a maioria (81.5%) pertencia à<br />

Classe II (22.2%) e III (59.3%), ou seja, classe média-alta e classe média. Das<br />

restantes famílias (18.5%), apenas 3.7% pertenciam à Classe I (alta) e 14.8% à<br />

Classe IV (média-baixa), não haven<strong>do</strong> nenhuma que se situasse na Classe V (baixa).<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> formarmos <strong>do</strong>is grupos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, um grupo Experimental e<br />

um grupo <strong>de</strong> Controlo, e tentan<strong>do</strong> evitar diferenças potenciais entre os grupos,<br />

utilizámos um planeamento <strong>de</strong> grupos <strong>em</strong>parelha<strong>do</strong>s (Pinto, 1990). Ou seja, após<br />

fazermos a seriação <strong>do</strong>s somatórios <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pelas crianças,<br />

distribuímos as duas crianças com os resulta<strong>do</strong>s mais baixas pelos <strong>do</strong>is grupos,<br />

<strong>de</strong>pois foi aplica<strong>do</strong> o mesmo procedimento às crianças que tiver<strong>em</strong> os <strong>do</strong>is resulta<strong>do</strong>s<br />

inferiores seguintes e assim sucessivamente até termos efectua<strong>do</strong> a distribuição <strong>de</strong><br />

todas as crianças pelos <strong>do</strong>is grupos (Pinto, 1990).<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> averiguar a homogeneida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s grupos forma<strong>do</strong>s, para<br />

além <strong>do</strong> somatório das várias provas, também comparámos várias características das<br />

crianças que constituíam os <strong>do</strong>is grupos, como, por ex<strong>em</strong>plo, a ida<strong>de</strong>, o género, o<br />

nível socioeconómico e o número <strong>de</strong> anos que as crianças <strong>do</strong>s mesmos tinham<br />

frequenta<strong>do</strong> o jardim <strong>de</strong> infância, as quais consi<strong>de</strong>rámos como sen<strong>do</strong> parâmetros<br />

secundários da homogeneida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s grupos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

Vin<strong>do</strong> reforçar a consistência da homogeneida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s grupos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, um<br />

último factor <strong>de</strong> homogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes foi o género, pois o grupo Experimental era<br />

constituí<strong>do</strong> por 7 crianças <strong>do</strong> género f<strong>em</strong>inino e 9 <strong>do</strong> género masculino, e o grupo <strong>de</strong><br />

Controlo era constituí<strong>do</strong> por 8 crianças <strong>do</strong> género f<strong>em</strong>inino e 8 <strong>do</strong> género masculino.<br />

1 – O uso <strong>do</strong> percentil 26 é um procedimento utiliza<strong>do</strong> por Parrila et al. (1999) e Papa<strong>do</strong>poulos<br />

(2002).<br />

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