20.04.2013 Views

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

po<strong>de</strong>mos inferir que o <strong>de</strong><strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r, e/ou a representação <strong>de</strong> expressões faciais, b<strong>em</strong><br />

como a sinalética (<strong>de</strong> cima para baixo, da esquerda para a direita, que segue o movimento<br />

<strong>do</strong>s olhos na <strong>leitura</strong> segun<strong>do</strong> os padrões oci<strong>de</strong>ntais), representa<strong>do</strong>s nas ilustrações,<br />

contribu<strong>em</strong> para guiar o leitor na compreensão das referências espácio-t<strong>em</strong>porais, crian<strong>do</strong>-<br />

se, assim, uma maior interacção <strong>do</strong> leitor com o texto. Os mostrativos “este”, “esse”,<br />

“aquele” apontam, muito frequent<strong>em</strong>ente, por meio <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> gestual, para um referente.<br />

Quan<strong>do</strong> se trata da mostração anafórica, o leitor, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> reler, po<strong>de</strong> encontrar, com<br />

facilida<strong>de</strong>, a palavra a que o mostrativo – o pronome pessoal e o <strong>de</strong>monstrativo – se refere<br />

(Fig. 8).<br />

Fig. 8. Ocorrência <strong>de</strong> “este”, “esta” e “aquela” (Collodi 1996: 41e 46)<br />

No entanto, ao anunciar o final da narrativa, o Grilo Falante refere “aquele rapazinho”.<br />

Desta feita, não é o <strong>de</strong><strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r ou a mão que aponta para o referente (Fig. 9), como<br />

acontece na maior parte das sequências narrativas e imagens analisadas sumariamente. A<br />

expressão facial <strong>do</strong> narra<strong>do</strong>r-personag<strong>em</strong>, sobretu<strong>do</strong> o olhar pensativo, permite ao leitor<br />

relacionar o referente anafórico “aquele” com o herói da narrativa, explícito na metonímia<br />

(Collodi 1996: 46): “Faz-me sentir um pouco triste. Já estava muito liga<strong>do</strong> àquele rapazinho!”<br />

134

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!