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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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Sabe-se que o simples facto <strong>de</strong> narrar permite a interacção social e que “as histórias<br />

que contamos não são exclusivamente produtos da linguag<strong>em</strong>, admiráveis pelo que geram:<br />

a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir múltiplas versões <strong>de</strong> uma mesma situação” (Bruner, cita<strong>do</strong> por<br />

Manila, 2007, p.5). Neste senti<strong>do</strong>, o facto <strong>de</strong> termos proporciona<strong>do</strong> às crianças recontar<strong>em</strong><br />

através <strong>de</strong> códigos, por um la<strong>do</strong> permitiu-lhes fazer um jogo <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> formas com um<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> significa<strong>do</strong> e, por outro, possibilitou-lhes a apreensão <strong>do</strong> confronto entre a<br />

palavra escrita e o respectivo código cinético que lhe estava associa<strong>do</strong>. Não foi nossa<br />

pretensão separar a oralida<strong>de</strong> da escrita, pois acreditamos que são duas realida<strong>de</strong>s que se<br />

inter-relacionam e não se exclu<strong>em</strong>. Contu<strong>do</strong>, o saber contar histórias é algo que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os<br />

valorizar e <strong>de</strong>senvolver nas crianças <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> competência, “uma vez que a literatura<br />

que chega até nós mediante uma voz – ou através daquele mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> vozes que ressoa na<br />

nossa imaginação cada vez que nos aproximamos <strong>de</strong> um livro e começamos a sua <strong>leitura</strong> –,<br />

é uma voz que, na sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>anação <strong>do</strong> corpo que representa, se transforma <strong>em</strong><br />

motor essencial das energias subjacentes da colectivida<strong>de</strong>” (Manila, 2007, p. 9).<br />

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