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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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cognitiva da escrita/<strong>leitura</strong>, passan<strong>do</strong> esta a conviver com o suporte digital. Cada vez mais, os<br />

alunos estão familiariza<strong>do</strong>s com múltiplas formas <strong>de</strong> comunicação. Para que os alunos se<br />

sintam motiva<strong>do</strong>s, há que variar a apresentação da mensag<strong>em</strong> e não, apenas, apresentá-la no<br />

tradicional suporte <strong>de</strong> papel.<br />

Outro reflexo da evolução <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos pren<strong>de</strong>-se com a diversificação <strong>do</strong>s discursos que<br />

ocorr<strong>em</strong> na sala <strong>de</strong> aula. De um mo<strong>do</strong> geral, acontec<strong>em</strong> duas gran<strong>de</strong>s categorias <strong>de</strong> discurso: a<br />

oralida<strong>de</strong> efémera produzida pelas cordas vocais <strong>do</strong> professor e <strong>do</strong>s alunos e os restantes<br />

discursos <strong>em</strong>iti<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> registos escritos, visuais ou sonoros. Hoje <strong>em</strong> dia, na sala <strong>de</strong><br />

aula, o <strong>do</strong>cente, para comunicar, dispõe não só da fala, mas também <strong>de</strong> textos (escritos ou<br />

sonoros) e <strong>de</strong> imagens (fixas ou <strong>em</strong> movimento). A evolução da tecnologia da comunicação<br />

facilita ao professor o acesso, a manipulação e a partilha da escrita, da imag<strong>em</strong> e <strong>do</strong> som,<br />

geralmente reuni<strong>do</strong>s num só <strong>do</strong>cumento — o <strong>do</strong>cumento audiovisual. Em suma, na sala <strong>de</strong><br />

aula, já existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os alunos interagir<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>do</strong>cumentos com suportes<br />

diferencia<strong>do</strong>s e não, apenas, o livro, o quadro e a voz <strong>do</strong> professor.<br />

Para que o projecto “Ler mais é saber mais” tivesse alcança<strong>do</strong> os objectivos a que se<br />

propôs, foi necessário, antes <strong>de</strong> mais, criar ambiente tecnológico na sala <strong>de</strong> aula. Tal foi sen<strong>do</strong><br />

consegui<strong>do</strong>, porque os equipamentos tecnológicos estão no interior da própria sala <strong>de</strong> aula e<br />

não fora <strong>de</strong>la. Depois, graças às meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> ensino <strong>em</strong>pregadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito ce<strong>do</strong>, os<br />

alunos começaram a contactar com o tecla<strong>do</strong> e os programas <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r. Desta forma, as<br />

crianças familiarizaram-se progressivamente com ferramentas, tais como, o Word para<br />

escrever, o Excel para fazer gráficos e tabelas, o Paint para <strong>de</strong>senhar, a Internet para<br />

pesquisar, o correio electrónico para comunicar, o PowerPoint para apresentar trabalhos e os<br />

jogos para se divertir<strong>em</strong>. O facto <strong>de</strong>, frequent<strong>em</strong>ente, o professor as fotografar e as filmar faz<br />

com que elas se habitu<strong>em</strong> à presença da câmara na sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong>sinibin<strong>do</strong>-as.<br />

Uma vez reuni<strong>do</strong>s os requisitos mínimos — existência e utilização <strong>de</strong> equipamento<br />

tecnológico na sala <strong>de</strong> aula — os alunos estão <strong>em</strong> condições <strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> textos escritos,<br />

preparar a sua <strong>leitura</strong>. Os textos escritos po<strong>de</strong>m ter várias fontes, quer a partir <strong>do</strong> livro <strong>de</strong><br />

<strong>leitura</strong>, quer da biblioteca escolar, quer da pesquisa na Internet, quer sejam ainda redigi<strong>do</strong>s<br />

pelos próprios. O anúncio <strong>do</strong> objectivo imediato <strong>de</strong> ler um texto frente a uma câmara <strong>de</strong> filmar,<br />

surge com a motivação <strong>do</strong>s alunos e o senti<strong>do</strong> utilitário da <strong>leitura</strong>. As crianças lê<strong>em</strong> um texto,<br />

não somente para ser<strong>em</strong> avaliadas, mas para produzir<strong>em</strong> ví<strong>de</strong>os didácticos (ou para satisfação<br />

<strong>do</strong> seu alter ego).<br />

Como exercício <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> casa, é solicita<strong>do</strong> que o aluno pratique a <strong>leitura</strong> <strong>do</strong> texto<br />

previamente selecciona<strong>do</strong>. Posteriormente, na sala <strong>de</strong> aula, é feita a interpretação e a análise<br />

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