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de Investigadores em leitura - Universidade do Minho

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3.4 Estu<strong>do</strong>s compl<strong>em</strong>entares<br />

Foram realiza<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s para verificar a existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos diferentes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com o género, a área geográfica <strong>de</strong> residência e para análise <strong>do</strong>s efeitos da inteligência.<br />

Em relação ao género, verifica-se que as médias e <strong>de</strong>svios-padrão <strong>do</strong>s <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos <strong>do</strong>s<br />

rapazes e raparigas <strong>em</strong> cada uma das variáveis das formas A e B da prova O Rei são muito<br />

aproximadas, sobretu<strong>do</strong> na Forma A. Contu<strong>do</strong>, existe uma diferença significativa <strong>em</strong> função <strong>do</strong><br />

género na variável “T<strong>em</strong>po” da Forma B ao nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,05. Nas restantes variáveis<br />

<strong>em</strong> estu<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>do</strong>s rapazes e das raparigas foi idêntico (p>0,05).<br />

No que toca à influência da área <strong>de</strong> residência, foram encontradas diferenças<br />

estatisticamente significaticas <strong>em</strong> ambas as formas apenas para as áreas pre<strong>do</strong>minant<strong>em</strong>ente<br />

urbanas e mo<strong>de</strong>radamente urbanas. Este é um da<strong>do</strong> que contraria as expectativas, pois seríamos<br />

tenta<strong>do</strong>s a esperar que as diferenças maiores ocorress<strong>em</strong> entre as crianças <strong>de</strong> áreas rurais e <strong>de</strong><br />

áreas pre<strong>do</strong>minant<strong>em</strong>ente urbanas, mas pren<strong>de</strong>m-se certamente com as características culturais<br />

e sociais das crianças que constituíram a nossa amostra.<br />

A análise <strong>do</strong> papel da inteligência foi feita recorren<strong>do</strong> ao teste das Matrizes Progressivas<br />

Coloridas <strong>de</strong> Raven (MPCR) (Simões, 2000). Verificámos que <strong>em</strong> ambas as Formas A e B, as<br />

correlações entre os resulta<strong>do</strong>s das Raven e todas as variáveis são estatisticamente significativas<br />

a um nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 0,01, com correlações que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 0,38 até 0,56. Estas<br />

correlações são mo<strong>de</strong>radas e vão ao encontro <strong>do</strong>s valores encontra<strong>do</strong>s por outras investigações<br />

(Martins, 2000; Bowey, 2007).<br />

4. Resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na <strong>leitura</strong> <strong>do</strong>s textos da Forma A e B <strong>do</strong> Teste O Rei<br />

4.1 Índice <strong>de</strong> Precisão<br />

O gráfico referente a esta variável já foi mostra<strong>do</strong> anteriormente (cf. gráfico 2), on<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>mos ver uma mudança significativa no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>do</strong> 1.º para o 2.º ano na Forma A e<br />

<strong>de</strong>pois um plateau nas duas formas. É rapidamente atingi<strong>do</strong> um valor muito próximo <strong>do</strong> máximo,<br />

atestan<strong>do</strong> o facto <strong>de</strong> que, antes <strong>de</strong> haver um incr<strong>em</strong>ento na fluência t<strong>em</strong> que haver uma <strong>leitura</strong><br />

correcta. Esta <strong>leitura</strong> correcta ou quase s<strong>em</strong> erros é resulta<strong>do</strong> da mestria no processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scodificação que, segun<strong>do</strong> as diversas teorias <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>leitura</strong>, <strong>de</strong>ve estar<br />

relativamente adquiri<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong> 2.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />

Em ambas as formas, constata-se que a <strong>leitura</strong> quase perfeita, com poucas ou nenhumas<br />

incorrecções, é normalmente atingida no início <strong>do</strong> 2.º ciclo, após 4 anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />

Pensamos que nesta altura a criança estará apta a ler qualquer palavra, mostran<strong>do</strong> as suas<br />

competências tanto nos processos lexicais como sub-lexicais.<br />

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