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boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

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- tão logo se verificou o extravio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos fiscais provi<strong>de</strong>nciouse<br />

o ato <strong>de</strong>claratório <strong>de</strong> ini<strong>do</strong>neida<strong>de</strong>, fl. 22, sen<strong>do</strong> infundada a citação <strong>de</strong> que<br />

cabia a Administração Fazendária no prazo <strong>de</strong> três dias, publicar e comunicar aos<br />

Contribuintes o extravio, uma vez que não existe previsão <strong>de</strong> prazo na legislação<br />

tributária para tal;<br />

- as irregularida<strong>de</strong>s ficam mais evi<strong>de</strong>ntes quan<strong>do</strong> se constata que o<br />

valor <strong>do</strong> crédito constante no Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Crédito n° 101/99 (fl. 26) e Conta<br />

Corrente (fl. 25) é <strong>de</strong> apenas R$ 17.060,40, enquanto que o valor aproveita<strong>do</strong> nas<br />

Notas Fiscais Avulsas n°s 612.502, 612.503 e 612.51 1 (fls. 27, 28 e 32) é <strong>de</strong> R$<br />

20.361,53;<br />

- uma vez que o Autua<strong>do</strong> efetuou as operações <strong>de</strong> venda <strong>de</strong>scrita nas<br />

notas fiscais avulsas <strong>de</strong> produtor anexadas à peça fiscal e que não houve<br />

recolhimento <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>, fica evi<strong>de</strong>nte a obtenção <strong>de</strong> vantagem ilícita,<br />

sen<strong>do</strong> inevitável à conclusão, <strong>de</strong> no mínimo, a conivência com o funcionário<br />

Geui<strong>de</strong>s;<br />

- o Autua<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> várias oportunida<strong>de</strong>s, porém não provou <strong>de</strong> forma<br />

inequívoca, a existência das notas fiscais que <strong>de</strong>ram origem ao respectivo crédito<br />

aproveita<strong>do</strong> nas notas fiscais avulsas <strong>de</strong> produtor extraviadas da Repartição e,<br />

ausente tal comprovação, torna-se prescindível qualquer outra prova para imputar<br />

ao Impugnante a responsabilida<strong>de</strong> tributária.<br />

Ao final, pe<strong>de</strong> seja julga<strong>do</strong> proce<strong>de</strong>nte o lançamento.<br />

DECISÃO<br />

Compete à Câmara a análise <strong>do</strong> presente lançamento o qual versa<br />

acerca da imputação fiscal <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias utilizan<strong>do</strong> notas fiscais<br />

extraviadas da Administração Fazendária, <strong>de</strong>claradas inidôneas nos termos <strong>do</strong><br />

artigo 134, inciso IV <strong>do</strong> RICMS/96, bem como a utilização <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> ICMS<br />

in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista que o Produtor Rural não aten<strong>de</strong>u a intimação para<br />

apresentar as respectivas notas fiscais que <strong>de</strong>ram origem aos créditos lança<strong>do</strong>s<br />

no “Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Crédito <strong>de</strong> ICMS” e “Conta Corrente <strong>de</strong> ICMS – Produtor Rural”.<br />

Importante ressaltar que o Fisco proce<strong>de</strong>u à verificação fiscal nas<br />

notas fiscais avulsas <strong>de</strong> produtor rural apreendidas na residência <strong>de</strong> ex-funcionário<br />

da Administração Fazendária <strong>de</strong> Ituiutaba, <strong>de</strong>miti<strong>do</strong> a bem <strong>do</strong> serviço público<br />

através <strong>de</strong> processo administrativo disciplinar, nos “Conta Corrente <strong>do</strong> ICMS –<br />

Produtor Rural” e “Certifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Créditos <strong>do</strong> ICMS” arquiva<strong>do</strong>s na Administração<br />

Fazendária, ten<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong> tal verificação, surgi<strong>do</strong> a imputação fiscal que<br />

ensejou a lavratura <strong>do</strong> presente Auto <strong>de</strong> Infração relativo ao exercício <strong>de</strong> 1999,<br />

emiti<strong>do</strong> em substituição ao <strong>de</strong> nº 01.000135696.25, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2000,<br />

cancela<strong>do</strong> por <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Contribuintes em face da supressão <strong>de</strong><br />

formalida<strong>de</strong>s essenciais.<br />

Exigências <strong>de</strong> ICMS, Multas <strong>de</strong> Revalidação e Isolada, capituladas na<br />

Lei nº 6.763/75, respectivamente, nos artigos 56, inciso II e 55, inciso X.<br />

Antes <strong>de</strong> mesmo <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>ntrar na discussão quanto ao mérito das<br />

exigências consubstanciadas no Auto <strong>de</strong> Infração, é importante verificar a<br />

alegação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência <strong>do</strong> crédito tributário.<br />

Desta análise conclui-se que as argüições <strong>do</strong> Impugnante <strong>de</strong><br />

prescrição <strong>do</strong> crédito tributário não encontram respal<strong>do</strong> nas normas que tratam da<br />

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