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boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

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Nos termos <strong>do</strong> § 4º <strong>do</strong> artigo 150 <strong>do</strong> CTN, ocorre homologação ficta<br />

ou tácita <strong>do</strong> imposto que foi efetivamente <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> e pago pelo contribuinte. Em<br />

relação ao imposto <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> que não foi <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> e/ou pago, tem a Fazenda o<br />

direito <strong>de</strong> constituir o crédito correspon<strong>de</strong>nte no prazo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncial previsto no<br />

artigo 173 <strong>do</strong> mesmo diploma legal.<br />

Portanto, o prazo extintivo <strong>do</strong> direito da Fazenda Pública <strong>de</strong> constituir<br />

o crédito tributário é regula<strong>do</strong> pelo art. 173, I <strong>do</strong> CTN, que para tanto, regra geral,<br />

estabelece o <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> cinco anos conta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> primeiro dia <strong>do</strong> exercício<br />

seguinte àquele em que o lançamento po<strong>de</strong>ria ter si<strong>do</strong> efetua<strong>do</strong>.<br />

Tal dispositivo prevalece à previsão <strong>de</strong> homologação tácita <strong>do</strong><br />

lançamento efetua<strong>do</strong> pelo contribuinte a que alu<strong>de</strong> o art. 150, § 4º, <strong>do</strong> mesmo<br />

diploma legal acima cita<strong>do</strong>, quanto ao montante não contempla<strong>do</strong> na apuração,<br />

posteriormente verifica<strong>do</strong> pelo Fisco, e <strong>de</strong>vidamente lança<strong>do</strong> <strong>de</strong> ofício, nos termos<br />

<strong>do</strong> art. 149, inciso V, <strong>do</strong> CTN.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, o prazo extintivo para lançamento <strong>do</strong> crédito tributário<br />

referente ao exercício <strong>de</strong> 2002 encerrar-se-ia em 31/12/07.<br />

O entendimento já está supera<strong>do</strong> nesta Casa, on<strong>de</strong> prevalece a tese<br />

<strong>de</strong> que não há que se falar em homologação quan<strong>do</strong> se está a tratar <strong>do</strong><br />

lançamento <strong>de</strong> ofício <strong>de</strong> valores não <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>s pelo contribuinte.<br />

Dessa forma, rejeita-se a argüição <strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência <strong>do</strong> direito <strong>do</strong> Fisco<br />

<strong>de</strong> promover o lançamento.<br />

É interesse estatal o controle efetivo <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino da<strong>do</strong> às merca<strong>do</strong>rias<br />

produzidas ou comercializadas neste Esta<strong>do</strong>, no intuito <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as diversas<br />

etapas <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong>stas até o consumi<strong>do</strong>r final (ciclo produtivo ou comercial),<br />

buscan<strong>do</strong> carrear ao Erário a tributação sobre toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> circulação da<br />

merca<strong>do</strong>ria.<br />

Neste compasso, o Fisco, <strong>de</strong>tectan<strong>do</strong> indícios <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s na<br />

emissão <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentário fiscal, envida esforços no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aferir o real <strong>de</strong>stino<br />

da<strong>do</strong> às merca<strong>do</strong>rias.<br />

Se restar comprova<strong>do</strong> seu recebimento, bem como o registro da nota<br />

fiscal na escrita fiscal ou contábil <strong>do</strong> <strong>de</strong>stinatário, a operação é regular, caben<strong>do</strong><br />

ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>stinatário das merca<strong>do</strong>rias o tributo inci<strong>de</strong>nte sobre a margem <strong>de</strong><br />

agregação nas subseqüentes etapas <strong>de</strong> circulação da merca<strong>do</strong>ria naquela<br />

unida<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>ração.<br />

Não obstante, a existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>do</strong> suposto <strong>de</strong>stinatário<br />

negan<strong>do</strong> a aquisição ou o recebimento das merca<strong>do</strong>rias em seu estabelecimento,<br />

<strong>de</strong>ixa entrever que as merca<strong>do</strong>rias não a<strong>de</strong>ntraram em território <strong>de</strong> outra unida<strong>de</strong><br />

da Fe<strong>de</strong>ração, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ter si<strong>do</strong> comercializadas ou entregues neste Esta<strong>do</strong>, com<br />

evi<strong>de</strong>nte prejuízo para o Esta<strong>do</strong> mineiro, pois foi perdida a parcela <strong>de</strong> tributo<br />

inci<strong>de</strong>nte sobre a margem <strong>de</strong> agregação nas subseqüentes etapas <strong>de</strong> circulação<br />

da merca<strong>do</strong>ria, além <strong>do</strong> prejuízo advin<strong>do</strong> da aplicação da alíquota incorreta para a<br />

última operação que efetivamente se realizou.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a abordagem supra, verifica-se que o caso em tela<br />

tem origem em <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> duas <strong>de</strong>stinatárias constantes das notas fiscais <strong>de</strong><br />

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