11.10.2013 Views

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> pela Fazenda Pública no procedimento <strong>de</strong> fiscalização, quanto o<br />

suprimento <strong>de</strong> caixa realiza<strong>do</strong> por aporte financeiro <strong>do</strong>s sócios, se foram<br />

efetivamente realiza<strong>do</strong>s.<br />

Por que aporte financeiro <strong>do</strong>s sócios? Porque se for um recebimento, uma<br />

receita <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> terceiros, vai ser tributa<strong>do</strong>, vai ser contabiliza<strong>do</strong>, não<br />

estou falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> nenhuma irregularida<strong>de</strong>. Então, se é aporte financeiro <strong>do</strong>s sócios<br />

é uma forma <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong> dinheiro não tributável para a empresa, então ela<br />

passa a ser interessante a partir <strong>de</strong>ste momento.<br />

Como é que o contribuinte faz prova disso? A Fazenda Pública, em regra,<br />

não tem aceita<strong>do</strong> aportes em dinheiro, a não ser que aportes em dinheiro vivo,<br />

<strong>de</strong>pósitos não i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> dinheiro vivo, que o contribuinte consiga, sabe-se lá<br />

porque forma, comprovar que <strong>de</strong>tinha aquela disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinheiro em<br />

moeda para realizar este aporte. É necessário para o contribuinte, diante <strong>de</strong> um<br />

caso <strong>de</strong> estouro <strong>de</strong> caixa, ou na iminência <strong>de</strong> um sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r <strong>de</strong> caixa, que, se for<br />

fazer um aporte <strong>de</strong> capital <strong>do</strong>s sócios, que o faça <strong>de</strong> maneira i<strong>de</strong>ntificada, seja por<br />

cheque, seja por transferência bancária i<strong>de</strong>ntificada, <strong>de</strong> forma que numa eventual<br />

fiscalização, consiga comprovar que não se trata <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

caixa, <strong>de</strong> estouro <strong>de</strong> caixa por parte da empresa, ou <strong>de</strong> registros em aparta<strong>do</strong>, o<br />

famoso Caixa 2, que está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> este pagamento.<br />

Então uma forma <strong>de</strong> prova diante <strong>de</strong> um sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r <strong>de</strong> caixa é a<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>do</strong> efetivo aporte financeiro por parte <strong>do</strong>s sócios.<br />

Outra forma muito comum, que também está prevista lá no art. 281, é a<br />

manutenção no passivo <strong>de</strong> obrigações já pagas ou cuja exigibilida<strong>de</strong> não seja<br />

comprovada, é o chama<strong>do</strong> passivo fictício. On<strong>de</strong> é que ocorre o passivo fictício?<br />

Uma segunda forma que a gente tem aplicação <strong>de</strong> presunção. Eu realizo<br />

pagamentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas <strong>de</strong>spesas ou fornece<strong>do</strong>res e mantenho estes<br />

pagamentos em exercícios fiscais subseqüentes, em exercícios fiscais diversos.<br />

Ora, a base <strong>de</strong> formação da tributação da renda, no meu caso, principalmente lá<br />

no Conselho Fe<strong>de</strong>ral, se faz como? Pelas receitas, <strong>de</strong>duzidas as <strong>de</strong>spesas e<br />

custos <strong>de</strong> produção. Se você aumenta a sua <strong>de</strong>spesa manten<strong>do</strong> na sua<br />

contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que já foram custeadas nos exercícios anteriores, o que<br />

você está fazen<strong>do</strong> neste exercício? Manten<strong>do</strong> um passivo, manten<strong>do</strong> uma<br />

<strong>de</strong>spesa fictícia, pois ela não existiu. Esse passivo, nesse exercício, vai reduzir a<br />

base tributável, vai reduzir a base <strong>de</strong> tributação.<br />

Também, nesta hipótese, o contribuinte é intima<strong>do</strong> a comprovar e, se ele<br />

comprovar por <strong>do</strong>cumentação hábil e idônea, coinci<strong>de</strong>ntes em datas, formas e em<br />

valores que aquele dispêndio, aquela <strong>de</strong>spesa, foi efetivamente realizada neste<br />

exercício financeiro e não nos anteriores, consegue comprovar que não se trata <strong>de</strong><br />

um passivo fictício, mas <strong>de</strong> um passivo real.<br />

Agora, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> que o pagamento foi feito no exercício anterior e<br />

atribuí<strong>do</strong> a exercícios seguintes, você tem aí a possibilida<strong>de</strong> então <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong><br />

uma presunção <strong>de</strong> receita para fins <strong>de</strong> tributação e isso é diferente da chamada<br />

glosa <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. Vamos <strong>de</strong>ixar isso aqui bem fixa<strong>do</strong>, eu não estou glosan<strong>do</strong><br />

propriamente uma <strong>de</strong>spesa colocada lá, a glosa <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

passivo fictício é diferente. Na hora que eu falo <strong>de</strong> glosa <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa eu vou falar<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas não operacionais, eu vou falar <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que foram contabilizadas<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!