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boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

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valores mensais correspon<strong>de</strong>ntes às <strong>de</strong>spesas, receitas e respectivas<br />

movimentações bancárias.<br />

Com base nesse procedimento, constatou-se que em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />

perío<strong>do</strong>s o valor <strong>do</strong> “Complemento <strong>de</strong> Caixa”, aporte este que a rigor correspon<strong>de</strong><br />

ao valor <strong>do</strong> numerário trazi<strong>do</strong> <strong>do</strong> banco para retornar ao “Caixa”, é superior ao<br />

valor <strong>do</strong>s <strong>de</strong>pósitos, ou seja, o valor saca<strong>do</strong> no banco é maior <strong>do</strong> que aquele<br />

leva<strong>do</strong> ao banco no perío<strong>do</strong>, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>-se assim, o suprimento in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Caixa, seja por meio <strong>de</strong> complementos <strong>de</strong> caixa exce<strong>de</strong>ntes ou <strong>de</strong> supostos<br />

empréstimos <strong>de</strong> mútuo, artifícios contábeis estes utiliza<strong>do</strong>s pela Autuada para<br />

alimentar e manter o sal<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r da conta <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a suportar a escrituração<br />

das <strong>de</strong>spesas mensais.<br />

O exemplo menciona<strong>do</strong> nas Notas Explicativas, às fls. 92/94,<br />

toman<strong>do</strong>-se como referência o mês <strong>de</strong> junho/2002, ilustra bem o mecanismo<br />

contábil a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela Autuada para encobrir o sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r existente no perío<strong>do</strong>, e<br />

<strong>de</strong>monstra a meto<strong>do</strong>logia utilizada pelo Fisco para apurar os valores <strong>do</strong>s ingressos<br />

in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s, qual seja, expurgan<strong>do</strong>-se primeiramente os valores <strong>do</strong>s “empréstimos”,<br />

para em seguida calcular o complemento <strong>de</strong> caixa exce<strong>de</strong>nte.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, no que tange ao exercício <strong>de</strong> 2002, além <strong>do</strong> estorno<br />

relativo aos valores <strong>do</strong>s “empréstimos”, no montante <strong>de</strong> R$ 257.873,47 (fls. 96 e<br />

104) foram estorna<strong>do</strong>s também os valores apura<strong>do</strong>s como “complemento <strong>de</strong> caixa<br />

exce<strong>de</strong>nte”, no importe <strong>de</strong> R$ 106.624,50, que correspon<strong>de</strong> à diferença a maior<br />

entre o valor <strong>do</strong> complemento <strong>de</strong> caixa e o que foi <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> nos meses <strong>de</strong><br />

fevereiro, abril e junho (fl. 107). Após a recomposição, constatou-se a existência<br />

<strong>de</strong> sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r na conta conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> à fl. 111.<br />

No exercício <strong>de</strong> 2003, foram objeto <strong>de</strong> estorno os “empréstimos <strong>de</strong><br />

mútuo”, no montante <strong>de</strong> R$ 861.000,00 (fls. 98/99 e 104), e também os valores<br />

apura<strong>do</strong>s como “complemento <strong>de</strong> caixa exce<strong>de</strong>nte”, no importe <strong>de</strong> R$ 354.820,23,<br />

observan<strong>do</strong>-se que no mês <strong>de</strong> março o complemento <strong>de</strong> caixa foi reduzi<strong>do</strong> ao<br />

faturamento <strong>do</strong> mês, e nos meses <strong>de</strong> janeiro, fevereiro, abril, maio, junho e<br />

setembro ao total <strong>do</strong>s <strong>de</strong>pósitos (fl. 108). Após a recomposição, constatou-se a<br />

existência <strong>de</strong> sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r na conta conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> à fl. 112.<br />

No exercício <strong>de</strong> 2004, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que não houve ingresso <strong>de</strong><br />

recurso a título <strong>de</strong> “empréstimo”, o estorno se limitou aos valores apura<strong>do</strong>s como<br />

sen<strong>do</strong> “complemento <strong>de</strong> caixa exce<strong>de</strong>nte”, no montante <strong>de</strong> R$363.821,88,<br />

observan<strong>do</strong>-se que nos meses <strong>de</strong> janeiro, março, abril e maio o complemento <strong>de</strong><br />

caixa foi reduzi<strong>do</strong> ao valor <strong>do</strong>s <strong>de</strong>pósitos e em outubro e novembro ao valor <strong>do</strong><br />

faturamento (fl. 109), que leva<strong>do</strong>s à recomposição constata-se a existência <strong>de</strong><br />

sal<strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r apenas no mês <strong>de</strong> abril, conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> à fl. 113.<br />

Recomposto o fluxo da conta “Caixa”, que correspon<strong>de</strong> à expressão<br />

real <strong>do</strong> movimento financeiro, equivalente-caixa da empresa, presumiu-se que<br />

ocorreram saídas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria ou prestação <strong>de</strong> serviços tributáveis e<br />

<strong>de</strong>sacobertadas <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentação fiscal, nos meses em que foram apura<strong>do</strong>s<br />

sal<strong>do</strong>s cre<strong>do</strong>res.<br />

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