13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

sabe o que faz, mas acredita que não é contrário à or<strong>de</strong>m jurídica: o erro <strong>de</strong> tipo elimina<br />

a tipicida<strong>de</strong> dolosa; o erro <strong>de</strong> proibição po<strong>de</strong> eliminar a culpabilida<strong>de</strong>.<br />

Julio Fabbrini Mirabete. Manual <strong>de</strong> direito <strong>penal</strong>.<br />

17ª ed. Atlas, 2001, p. 171 (com adaptações).<br />

Consi<strong>de</strong>rando o texto acima e as disposições legais acerca dos erros <strong>de</strong> tipo e <strong>de</strong><br />

proibição, julgue os itens que se seguem.<br />

192. Consi<strong>de</strong>re a seguinte situação hipotética. Um médico, <strong>de</strong>sejando matar um paciente,<br />

<strong>de</strong>terminou que uma enfermeira aplicasse no paciente uma injeção letal,<br />

afirmando tratar-se <strong>de</strong> analgésico, or<strong>de</strong>m que foi prontamente cumprida. Nessa<br />

situação, a enfermeira agiu por erro <strong>de</strong> tipo <strong>de</strong>terminado por terceiro.<br />

193. Se o agente preten<strong>de</strong> subtrair algumas sacas <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> um armazém e, por engano,<br />

acaba levando sacos <strong>de</strong> farelo, nessa hipótese, há erro <strong>de</strong> tipo exclu<strong>de</strong>nte do dolo.<br />

194. Configura-se erro <strong>de</strong> proibição o erro verificado na legítima <strong>de</strong>fesa putativa, quando<br />

relativo à injustiça da agressão.<br />

195. (Delegado <strong>de</strong> Polícia/DPF – 2004) O médico Caio, por negligência que consistiu<br />

em não perguntar ou pesquisar sobre eventual gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> paciente nessa condição,<br />

receita-lhe um medicamento que provocou o aborto. Nessa situação, Caio<br />

agiu em erro <strong>de</strong> tipo vencível, em que se exclui o dolo, ficando isento <strong>de</strong> pena, por<br />

não existir aborto culposo.<br />

196. (Escrivão <strong>de</strong> Polícia Fe<strong>de</strong>ral/DPF – 2004) Ocorre erro <strong>de</strong> tipo quando o agente se<br />

equivoca escusavelmente sobre a licitu<strong>de</strong> do fato, <strong>de</strong>terminando a lei que, nesse<br />

caso, o agente fique isento <strong>de</strong> pena.<br />

197. (Delegado <strong>de</strong> Polícia/PCAC – 2008) Plínio, com a intenção <strong>de</strong> cometer crime <strong>de</strong><br />

dano, atirou uma pedra em direção à janela <strong>de</strong> vidro da casa <strong>de</strong> Roberta. No entanto,<br />

por erro <strong>de</strong> pontaria, acertou Gilda, que sofreu lesões corporais leves. Nessa situação,<br />

Plínio respon<strong>de</strong>rá por lesão corporal leve, na modalida<strong>de</strong> culposa, cuja ação<br />

<strong>penal</strong>, por ser pública condicionada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> representação da ofendida Gilda.<br />

198. (Delegado <strong>de</strong> Polícia/PCAC – 2008) Leandro, com a intenção <strong>de</strong> matar Getúlio,<br />

ministrou veneno a este. Presumindo que a vítima já falecera, Leandro a enterrou<br />

no quintal <strong>de</strong> sua casa, vindo posteriormente a ser apurado que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

veneno ministrada à vítima não fora suficiente para a sua morte, <strong>de</strong> forma que ela<br />

morreu em face da asfixia, após ser enterrada. Nessa situação, ocorreu erro sobre o<br />

nexo causal, <strong>de</strong> modo que Leandro respon<strong>de</strong>rá apenas por tentativa <strong>de</strong> homicídio.<br />

199. (Agente Penitenciário/SEJUS PE – 2007) Consi<strong>de</strong>re que um médico legista, durante<br />

uma autópsia, venha a ferir uma pessoa viva, acreditando tratar-se <strong>de</strong> um<br />

cadáver. Nesse caso, provando-se que o médico, nas condições em que se viu<br />

envolvido, não agiu dolosa ou culposamente, ele será consi<strong>de</strong>rado isento <strong>de</strong> pena,<br />

pois supôs situação <strong>de</strong> fato que, se existisse, tornaria sua ação legítima.<br />

167

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!