13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

Aspecto importante acerca do infanticídio, o puerpério é elementar do tipo. Assim,<br />

consi<strong>de</strong>rando que as circunstâncias pessoais ao integrarem a <strong>de</strong>scrição legal do crime se<br />

tornam comunicáveis a todos os participantes, terceiro que venha a auxiliar a mãe durante<br />

a ação criminosa, como partícipe ou coautor, respon<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> igual forma por infanticídio.<br />

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento<br />

Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:<br />

Pena – <strong>de</strong>tenção, <strong>de</strong> um a três anos.<br />

Aborto provocado por terceiro<br />

Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:<br />

Pena – reclusão, <strong>de</strong> três a <strong>de</strong>z anos.<br />

Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:<br />

Pena – reclusão, <strong>de</strong> um a quatro anos.<br />

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior <strong>de</strong><br />

quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante<br />

frau<strong>de</strong>, grave ameaça ou violência.<br />

Forma qualificada<br />

Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas <strong>de</strong> um<br />

terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante<br />

sofre lesão corporal <strong>de</strong> natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer <strong>de</strong>ssas<br />

causas, lhe sobrevém a morte.<br />

Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:<br />

Aborto necessário<br />

I – se não há outro meio <strong>de</strong> salvar a vida da gestante;<br />

Aborto no caso <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z resultante <strong>de</strong> estupro<br />

II – se a gravi<strong>de</strong>z resulta <strong>de</strong> estupro e o aborto é precedido <strong>de</strong> consentimento da<br />

gestante ou, quando incapaz, <strong>de</strong> seu representante legal.<br />

EMENTÁRIO DE DOUTRINA E DE JURISPRUDÊNCIA – ABORTO<br />

• “Cumpre observar, ainda, que, para o aborto, embora com pressuposto na<br />

gravi<strong>de</strong>z, é irrelevante o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do embrião ou do feto<br />

no útero materno. A gravi<strong>de</strong>z dá-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fecundação até o rompimento<br />

do saco amniótico, isto é, até o início do parto. É mister que a gravi<strong>de</strong>z seja<br />

normal e não patológica. Os casos anormais <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z extrauterina, ou<br />

moral, são patológicos, e a interrupção nesses casos não po<strong>de</strong> constituir<br />

aborto. Não se exige que o feto seja vital (que tenha capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> normal<br />

<strong>de</strong>senvolvimento)” (TJSP – RJTJESP 35/237).<br />

297

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!