13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1. INTRODUÇÃO<br />

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

CAPÍTULO II<br />

O FATO TÍPICO<br />

Como já visto, o conceito analítico <strong>de</strong> crime conforme a teoria bipartida enuncia<br />

seus dois elementos constitutivos, o fato típico e antijurídico, baseando-se na teoria<br />

finalista <strong>de</strong> Hans Welzel.<br />

A tipicida<strong>de</strong>, primeiro elemento que compõe o <strong>de</strong>lito, encontra lastro no princípio<br />

constitucional da legalida<strong>de</strong>, na máxima nullum crimen sine lege, assumindo, assim,<br />

uma característica essencialmente política, pois visa aplacar a ânsia incriminadora do<br />

Estado, possibilitando-a apenas quando existir uma lei que consi<strong>de</strong>re o fato concreto<br />

analisado como sendo uma conduta criminosa.<br />

Dessa feita, um fato, para po<strong>de</strong>r ser consi<strong>de</strong>rado criminoso, <strong>de</strong>verá estar previamente<br />

<strong>de</strong>scrito em uma norma incriminadora, previamente tipificado na lei. Esta tem a<br />

obrigação <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir com exatidão o que consi<strong>de</strong>re crime, dando origem aos tipos penais.<br />

Segundo Welzel, o tipo é “a <strong>de</strong>scrição concreta da conduta proibida” (WELZEL,<br />

1970, p. 76).<br />

2. ELEMENTOS DO FATO TÍPICO<br />

Como visto, para que um fato seja tido como criminoso há <strong>de</strong> estar perfeitamente<br />

a<strong>de</strong>quado ao tipo <strong>penal</strong> correspon<strong>de</strong>nte. Esta a<strong>de</strong>quação assume forma quando, no fato<br />

concreto, estão presentes todos os elementos da <strong>de</strong>finição legal do crime (fato típico),<br />

que são:<br />

a. conduta (ação ou omissão);<br />

b. resultado;<br />

c. relação <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>;<br />

d. tipicida<strong>de</strong>.<br />

Se o fato concreto não possuir qualquer <strong>de</strong>sses elementos não será um fato típico<br />

e, portanto, não po<strong>de</strong>rá ser consi<strong>de</strong>rado crime, com exceções como os crimes tentados<br />

e os crimes <strong>de</strong> mera conduta, on<strong>de</strong> não há a previsão <strong>de</strong> um resultado, e os crimes formais<br />

e crimes omissivos próprios, on<strong>de</strong> a ocorrência ou não do resultado é irrelevante,<br />

<strong>de</strong>ntre outras.<br />

2.1. A conduta<br />

Em primeiro plano, não há que se falar em crime sem conduta (nullum crimen sine<br />

conducta). Esse comportamento possui sentido amplo, abarcando tanto a ação, que é o<br />

fazer, quanto a omissão, que é o não fazer quando a lei impõe um <strong>de</strong>ver. Desta forma, a<br />

conduta criminosa resta caracterizada quando o sujeito faz o que a lei proíbe (ação) ou<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer o que ela impõe (omissão).<br />

76

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!