13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Título<br />

A TEORIA GER AL DO CRIME<br />

1. CONCEITOS DE INFRAÇÃO PENAL<br />

CAPÍTULO I<br />

A INFRAÇÃO PENAL<br />

Os conceitos <strong>de</strong> infração <strong>penal</strong> subdivi<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong> acordo com o aspecto a ser consi<strong>de</strong>rado<br />

em sua <strong>de</strong>finição.<br />

Sob o aspecto formal, crime, segundo o magistério <strong>de</strong> Heleno Cláudio Fragoso<br />

é “toda ação ou omissão proibida pela lei sob ameaça <strong>de</strong> pena” (FRAGOSO, 1980, p.<br />

148). É a contradição <strong>de</strong> um fato a uma norma <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Penal, sua ilegalida<strong>de</strong> como<br />

um fato contrário à norma jurídica. A referência utilizada pela doutrina para a <strong>de</strong>terminação<br />

do conceito formal é a lei.<br />

Já sob o aspecto material, o conceito mais utilizado para o crime é aquele ensinado<br />

por E. Magalhães Noronha: “crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo um<br />

bem jurídico protegido pela lei <strong>penal</strong>” (NORONHA, 1978, p. 105). A referência utilizada<br />

pela doutrina para a <strong>de</strong>terminação do conceito material é o bem juridicamente tutelado.<br />

Sociologicamente, quando ocorre a prática <strong>de</strong> um crime, conforme ministrado por<br />

Enrico Ferri:<br />

“A consciência Pública é ferida por uma impressão <strong>de</strong> alarme,<br />

quer pela constatação da falta <strong>de</strong> vigilância e proteção on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>lito,<br />

com impu<strong>de</strong>nte audácia, po<strong>de</strong> ser cometido, quer pela preocupação que<br />

outros bandidos ou mal intencionados – pelo contágio do exemplo – se<br />

sintam encorajados a praticar semelhantes ações criminosas” (FERRI,<br />

1996, p. 25).<br />

No entanto, a mais a<strong>de</strong>quada conceituação para o crime, atualmente baseada na<br />

teoria finalista da ação <strong>de</strong> Hans Welzel, é aquela que leva em consi<strong>de</strong>ração seu aspecto<br />

analítico, ou seja, aquela que tem por base os elementos constitutivos do <strong>de</strong>lito. Crime,<br />

assim, é toda ação típica e antijurídica. Típica porque <strong>de</strong>ve ser uma conduta humana<br />

prevista como infração <strong>penal</strong>; e antijurídica porque <strong>de</strong>ve, ainda, ser contrária ao or<strong>de</strong>namento<br />

jurídico vigente.<br />

Antes do advento da teoria da ação finalista, os elementos constitutivos do crime<br />

eram <strong>de</strong>finidos por outra teoria, baseada na da ação causalista, que os classificavam<br />

em fato típico, antijurídico e culpável. Porém, após a ciência <strong>de</strong> Welzel, a culpabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> compor o conceito analítico <strong>de</strong> crime para figurar como um pressuposto para<br />

a aplicação da sanção <strong>penal</strong>. Todavia, existe farta corrente doutrinária que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>nominada teoria tripartida, incluindo a culpabilida<strong>de</strong> no conceito analítico do <strong>de</strong>lito,<br />

comungada <strong>de</strong>ntre outros por Francisco <strong>de</strong> Assis Toledo, Rogério Greco, Luiz Regis<br />

Prado, Guilherme <strong>de</strong> Souza Nucci e Cezar Roberto Bitencourt.<br />

71<br />

II

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!