13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

O núcleo do tipo é o verbo exigir, sendo formal e <strong>de</strong> consumação antecipada”<br />

(STJ – RSTJ 133/502). Todavia, “não integraliza o tipo e não representa<br />

concussão a insinuação sutil, a sugestão, a proposta maliciosa para que a<br />

vantagem seja proporcionada” (TJSP – RT 685/307).<br />

• “Extorsão. Delito que guarda afinida<strong>de</strong> com o <strong>de</strong> concussão. Configuração,<br />

contudo, na espécie, do primeiro por haver o acusado obtido vantagem patrimonial<br />

in<strong>de</strong>vida. Não em razão da função pública, mas pelo temor <strong>de</strong> ameaças<br />

ou violência, que impunha às vítimas” (TJSP – RT 586/309 e RT 475/276).<br />

• “Pelas mesmas ações, são incompossíveis os crimes <strong>de</strong> corrupção ativa<br />

praticado pelo particular e <strong>de</strong> concussão cometido pela autorida<strong>de</strong> pública<br />

(..)” (STF – RTJ 93/1023 e RT 529/398).<br />

II. CORRUPÇÃO PASSIVA – art. 317<br />

• “É regra <strong>de</strong> hermenêutica que a lei não po<strong>de</strong> repetir-se. Entre os arts. 316 e<br />

317 do CP há <strong>de</strong> existir uma diferença ontológica expressa no sentido diverso<br />

dos verbos-núcleos ‘exigir’ e ‘solicitar’. ‘Exigir’ implica obrigar a alguma<br />

coisa, sob certa pena. ‘Solicitar’ é simples pedido. Enquanto no primeiro<br />

caso a vítima é levada pelo medo a aten<strong>de</strong>r a exigência, no segundo satisfaz o<br />

pedido livremente, recebendo ou não, em contrapartida, alguma vantagem”<br />

(TJSP – RT 564/327).<br />

• “É possível a participação <strong>de</strong> particular no <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> corrupção passiva, face<br />

a comunicabilida<strong>de</strong> das condições <strong>de</strong> caráter pessoal elementares do crime”<br />

(STJ – RHC 7717 DJU <strong>de</strong> 19-10-98, p. 115).<br />

• “Tratando-se <strong>de</strong> crime formal, <strong>de</strong> mera conduta ou <strong>de</strong> consumação antecipada,<br />

verifica-se sua ocorrência no momento em que o agente solicita a<br />

vantagem in<strong>de</strong>vida, sendo irrelevante a concordância ou a aquiescência do<br />

indivíduo a quem tenha dirigido a solicitação ou a entrega concreta e material<br />

daquilo que tenha sido solicitado” (TJSP – RT 718/372).<br />

• “O recebimento <strong>de</strong> dinheiro in<strong>de</strong>vidamente pelo funcionário público, ainda<br />

que a título <strong>de</strong> gratificação, constitui corrupção passiva” (TJSP – RT 375/162).<br />

• A existência <strong>de</strong> um crime <strong>de</strong> corrupção passiva não importa, necessariamente,<br />

na existência <strong>de</strong> outro, <strong>de</strong> corrupção ativa” (TJSP – RT 395/93). Nesse<br />

sentido, “a bilateralida<strong>de</strong> não é requisito indispensável da corrupção. Po<strong>de</strong><br />

apresentar-se esta <strong>de</strong> maneira unilateral. Por isso cogitou o Legislador da<br />

corrupção em duas formas autônomas, separadamente, conforme a qualida<strong>de</strong><br />

do agente. A essência <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>ssas duas figuras é segundo o seu próprio<br />

título, a corrupção” (TJSP – RJTJESP 14/335-336).<br />

• “Corrupção passiva. Inocorrência. Delegado <strong>de</strong> polícia que aceita oferta em<br />

dinheiro, aplicando-a na aquisição <strong>de</strong> gasolina para a viatura, a fim <strong>de</strong> intensificar<br />

o policiamento na cida<strong>de</strong>. Vantagem recebida, pois, em proveito do<br />

próprio serviço público. (...) Importância recebida não em proveito <strong>de</strong> pessoa<br />

física ou <strong>de</strong> direito privado, mas para ser aplicada no próprio serviço público,<br />

não configura o <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> corrupção passiva” (TJSC – RT 527/407).<br />

363

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!