13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1. INTRODUÇÃO<br />

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

CAPÍTULO II<br />

FONTES DO DIREITO PENAL<br />

Fonte, em sentido topológico, metafórico, significa origem, princípio, causa. Quando<br />

se fala em fontes do <strong>Direito</strong> Penal, procura-se estabelecer <strong>de</strong> on<strong>de</strong> provém, <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

se origina a norma <strong>penal</strong>.<br />

2. FONTES MATERIAIS E FORMAIS DO DIREITO PENAL<br />

A única fonte material <strong>de</strong> produção do <strong>Direito</strong> Penal é o Estado, que <strong>de</strong>ve criar as<br />

respectivas normas por meio <strong>de</strong> leis em sentido estrito, conforme já foi analisado no estudo<br />

do princípio constitucional da legalida<strong>de</strong> ou reserva legal. A Constituição Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong>termina que compete privativamente à União legislar sobre o <strong>Direito</strong> Penal, o que<br />

se conclui que apenas o Congresso Nacional po<strong>de</strong> criar preceitos criminais, conforme<br />

prega o já citado art. 22, inciso I.<br />

O Estado, entretanto, não legisla <strong>de</strong> maneira arbitrária, sem a adoção <strong>de</strong> qualquer<br />

critério. Ao criar as normas positivas, se funda na moral, na vida em socieda<strong>de</strong> e na sua<br />

evolução, no progresso e nas exigências e imposições da civilização.<br />

As fontes formais, que externam o direito, que lhe estruturam e o <strong>de</strong>claram, divi<strong>de</strong>m-se<br />

em fontes diretas (ou imediatas) e fontes indiretas (ou mediatas). A única<br />

fonte formal direta do <strong>Direito</strong> Penal, diante do referido princípio da reserva legal, é a<br />

lei. Como fontes indiretas do <strong>Direito</strong> Penal, a doutrina cita os costumes e os princípios<br />

gerais <strong>de</strong> direito.<br />

O costume é uma regra <strong>de</strong> conduta social, praticada genericamente, constante e <strong>de</strong><br />

modo uniforme, com uma consciência <strong>de</strong> sua inevitabilida<strong>de</strong>. Com evidência, não se<br />

po<strong>de</strong> falar em criação ou revogação <strong>de</strong> crimes pelo costume, dado o princípio da legalida<strong>de</strong>.<br />

Não se po<strong>de</strong> negar, todavia, sua influência, sua ascendência na interpretação e<br />

na elaboração da lei <strong>penal</strong>.<br />

Conforme ensina Julio Fabbrini Mirabete, “os princípios gerais do direito são premissas<br />

éticas extraídas da legislação, do or<strong>de</strong>namento jurídico” (MIRABETE, 1997, p. 45). O<br />

<strong>Direito</strong> Penal está diretamente sujeito ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sses princípios, <strong>de</strong>terminados conforme<br />

a consciência ética da civilização, que po<strong>de</strong>m suprir obscurida<strong>de</strong>s, lacunas ou<br />

omissões da lei <strong>penal</strong>.<br />

3. ANALOGIA<br />

A analogia é uma forma <strong>de</strong> autointegração da lei, no caso <strong>de</strong> haver uma omissão<br />

legislativa, quando então se aplica ao fato não regrado expressamente pelo preceito<br />

jurídico uma prescrição que disciplina caso semelhante.<br />

21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!