13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

• “O crime <strong>de</strong> ameaça consiste em o sujeito anunciar à vítima a prática <strong>de</strong> mal<br />

injusto e grave, consistente num dano físico, econômico ou moral” (TACRSP<br />

– RT 597/328). Sobre a distinção entre os crimes, “diferentemente da ameaça,<br />

na qual o medo é o próprio objetivo do agente, no constrangimento ilegal o<br />

medo é o meio através do qual se alcança o fim almejado, subjugando-se<br />

a vonta<strong>de</strong> da vítima e obrigando-a a fazer aquilo a que foi constrangido”<br />

(TAMG – RT 616/360).<br />

• “A ameaça feita sob a forma condicional, subordinando a realização do<br />

mal à própria vonta<strong>de</strong> da pessoa ameaçada, ou mesmo <strong>de</strong> fato alheio, não<br />

exclui o crime, pois este existe pelo simples fato da intimidação” (TACRSP<br />

– RJDTACRIM 723/593).<br />

• “Para a caracterização do <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> ameaça exige-se gravida<strong>de</strong> nos dizeres,<br />

<strong>de</strong> forma explícita, estabelecendo base objetiva para que se veja o ofendido<br />

amedrontado <strong>de</strong> sofrer no futuro a concretização dos malefícios proferidos e<br />

prometidos” (TACRSP – RJTACRIM 41/84). Assim, “simples manifestação<br />

<strong>de</strong> bazófia ou passageira explosão colérica suficientemente não <strong>de</strong>nuncia o<br />

dolo específico do crime <strong>de</strong> ameaça” (TACRSP – RT 381/264). Ainda, “o<br />

crime <strong>de</strong> ameaça não se configura quando a afirmação é proferida no calor<br />

<strong>de</strong> discussão, pois não houve, com serieda<strong>de</strong>, com idoneida<strong>de</strong>, promessa <strong>de</strong><br />

mal injusto” (TACRSP – RJDTACRIM 8/74).<br />

II. SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO – art. 148<br />

• “Os requisitos para o <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> cárcere privado se caracterizam com a <strong>de</strong>tenção<br />

ou retenção <strong>de</strong> alguém em <strong>de</strong>terminado lugar, dissentimento, explícito ou<br />

implícito do sujeito passivo e a ilegitimida<strong>de</strong> da retenção ou <strong>de</strong>tenção” (TJSP<br />

– RT 726/620-1). Desta forma, “não há falar em sequestro se a ofendida teve<br />

várias oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se livrar do sequestrador e não o fez” (TJSP – RT<br />

526/360).<br />

• “Configura-se o sequestro com a retirada da vítima do lugar on<strong>de</strong> não<br />

queria ficar, sendo transportada em automóvel, sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> invocar<br />

socorro, para on<strong>de</strong> não queria ir. Sob o domínio e intimidação <strong>de</strong> assaltante<br />

armado, ainda que por pouco tempo” (TJSP – RT 742/613).<br />

• “A ameaça pelos agentes, mediante uso <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo, a motorista <strong>de</strong> táxi<br />

para proporcionar-lhe fuga após terem praticado o <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> roubo contra<br />

estabelecimento comercial, não visa atingir a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção da<br />

vítima, mas sim obrigá-la a fazer o que a lei não manda e até proíbe. A<br />

conduta dos agentes, neste caso, caracteriza constrangimento ilegal e não<br />

sequestro” (TJMS – RT 758/613).<br />

• “Se a finalida<strong>de</strong> do encarceramento foi corretiva, embora tenha havido<br />

excesso, o que se configura é o crime <strong>de</strong> maus-tratos, e não o <strong>de</strong> cárcere<br />

privado” (TJRJ – RT 547/378).<br />

314

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!