13.04.2013 Views

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

Compêndio de Direito penal Rodrigo Larizzatti - Gravo Papers

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

COMPÊNDIO DE DIREITO PENAL • <strong>Rodrigo</strong> <strong>Larizzatti</strong><br />

que entenda pertinentes aos fatos em investigação, não se po<strong>de</strong>ndo falar,<br />

nessa hipótese, <strong>de</strong> prática do crime <strong>de</strong> prevaricação” (STJ – RHC 9677 DJU<br />

<strong>de</strong> 14-8-2000, p. 208). Assim consi<strong>de</strong>rando, “compete privativamente ao<br />

<strong>de</strong>legado <strong>de</strong> polícia discernir, <strong>de</strong>ntre todas as versões que lhe sejam oferecidas<br />

por testemunhas ou envolvidos em ocorrência <strong>de</strong> conflito, qual a mais<br />

verossímil e, então, <strong>de</strong>cidir contra quem adotar as providências <strong>de</strong> instauração<br />

<strong>de</strong> inquérito ou autuação em flagrante. Somente po<strong>de</strong> ser acusado<br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ixar levar por sentimentos pessoais quando a verda<strong>de</strong> transparecer<br />

cristalina em favor do autuado ou indiciado e, ao mesmo tempo, em <strong>de</strong>sfavor<br />

daquele que possa ter razões para ser beneficiado pelos sentimentos pessoais<br />

da autorida<strong>de</strong>” (TACRSP – RT 622/296-7).<br />

• “Não pratica o <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> prevaricação o funcionário que, ao <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> praticar<br />

ato <strong>de</strong> ofício, não se encontrava no exercício <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s” (TJSC –<br />

JUTACRIM 71/90).<br />

• “O simples retardamento <strong>de</strong> atos <strong>de</strong> ofício não configura, só por si, o crime <strong>de</strong><br />

prevaricação. Sem o dolo específico, isso é, sem prova da intenção <strong>de</strong> satisfazer<br />

interesse ou sentimento pessoal, impossível con<strong>de</strong>nar por tal espécie<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>lito” (TJSC – RT 499/390). Nesse sentido, “no crime <strong>de</strong> prevaricação,<br />

inepta a <strong>de</strong>núncia que não especifica o sentimento pessoal que anima a<br />

atitu<strong>de</strong> do autor” (STF – RTJ 111/288). Ainda na mesma vertente, “é inepta<br />

a <strong>de</strong>núncia, em crime <strong>de</strong> prevaricação, que não especifica o interesse ou o<br />

sentimento pessoal que o acusado buscou satisfazer” (STJ – RSTJ 71/116-7 e<br />

RT 712/471-2).<br />

II. ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – art. 321<br />

• “Caracteriza-se a advocacia administrativa pelo patrocínio (valendo-se da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionário) <strong>de</strong> interesse privado alheio perante a Administração<br />

Pública. Patrocinar correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, pleitear, advogar junto<br />

a companheiros e superiores hierárquicos, o interesse particular” (TJSP –<br />

RJTJESP 13/443-445).<br />

III. VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL – art. 325<br />

• “Ao incriminar a violação <strong>de</strong> sigilo funcional, a lei visa impedir a revelação<br />

<strong>de</strong> fato que <strong>de</strong>va permanecer em segredo, porque sua divulgação po<strong>de</strong> prejudicar<br />

ou pôr em perigo os fins que o Estado persegue. Não incrimina a<br />

simples indiscrição ou a in<strong>de</strong>sejável bisbilhotice, nem tutela interesses fúteis,<br />

carecedores <strong>de</strong> relevância jurídica” (TACRSP – AASP 1300/273).<br />

IV. FUNCIONÁRIO PÚBLICO – art. 327<br />

• “Aquele que <strong>de</strong>sempenha funções ou atribuições <strong>de</strong> interesse público,<br />

recebendo e executando or<strong>de</strong>ns emanadas <strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong>, para efeitos<br />

penais, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado funcionário público, enquadrando-se na <strong>de</strong>finição<br />

366

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!