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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 3 • 125<br />

aplica também aos sacramentos. Portanto, ainda que nosso Pai celestial<br />

não rejeite nosso labor no cultivo <strong>de</strong> seu campo, não permitindo<br />

que o mesmo seja improdutivo, não obstante ele <strong>de</strong>seja que seu êxito<br />

<strong>de</strong>penda exclusivamente <strong>de</strong> sua bênção, <strong>de</strong> modo que todo louvor permaneça<br />

sendo seu. Portanto, se queremos granjear algum benefício<br />

<strong>de</strong> nosso labor, <strong>de</strong> nosso esforço, <strong>de</strong> nossa diligência, então <strong>de</strong>vemos<br />

conscientizar-nos <strong>de</strong> que não lograremos progresso a menos que o<br />

Senhor faça prosperar nossa obra, nossos esforços e nossa perseverança,<br />

a fim <strong>de</strong> que encomen<strong>de</strong>mos a sua graça nós mesmos e tudo<br />

quanto fazemos.<br />

8. Ora, aquele que planta e aquele que rega são um. Ao<br />

consi<strong>de</strong>rar outro fator, Paulo <strong>de</strong>monstra que os coríntios estão erroneamente<br />

tirando vantagem dos nomes <strong>de</strong> seus mestres, no interesse<br />

<strong>de</strong> seus partidos e facções. Estão equivocados porque tais mestres<br />

unificam seus esforços em prol <strong>de</strong> uma e a mesma coisa, e <strong>de</strong> modo<br />

algum po<strong>de</strong>m estar separados ou divididos sem ao mesmo tempo<br />

abandonarem os <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> seu ofício. “Eles são um”, diz Paulo. Em<br />

outros termos, se acham tão conectados, que sua união não permite<br />

separação, porque todos <strong>de</strong>vem ter um objetivo em vista, e todos<br />

servem ao único Senhor e estão engajados na mesma obra. Daí, se<br />

porventura se <strong>de</strong>dicam seu labor ao fiel cultivo do campo do Senhor,<br />

ac nihili res sit externum signum: et in præposteram fiduciam fortiter invehitur. Quare?<br />

non respicit Dei institutionem, sed impiorum corruptelam. Quum autem fi<strong>de</strong>les alloquitur,<br />

qui rite utuntur signis, illa tunc conjungit cum sua veritate, quam figurant. Quare?<br />

neque enim fallacem pompam ostentat in Sacramentis, sed quæ externa ceremonia figurat,<br />

exhibet simul re ipsa. Hinc fit, ut veritas, secundum Dei institutum, conjuncta sit cum<br />

signis.” – “Respondo que é costumeiro em Paulo falar dos sacramentos <strong>de</strong> duas maneiras<br />

distintas. Quando ele enfrenta os hipócritas que se gloriam nos meros símbolos, nesse<br />

caso ele proclama em alto e bom som a futilida<strong>de</strong> e ausência <strong>de</strong> valor do símbolo externo, e<br />

<strong>de</strong>nuncia em termos fortes sua absurda confiança. Por quê? Porque ele tem em vista, não a<br />

or<strong>de</strong>nança divina, mas a corrupção <strong>de</strong>la feita pelos ímpios. Quando, em contrapartida, ele<br />

se dirige aos crentes que fazem um uso a<strong>de</strong>quado dos símbolos, nesse caso ele os vê em<br />

conexão com a realida<strong>de</strong> que representam. Por quê? Porque ele não faz mera exibição <strong>de</strong><br />

algum falso esplendor porventura pertencente aos sacramentos, mas põe diante <strong>de</strong> nossos<br />

olhos a realida<strong>de</strong> que a cerimônia externa representa. Daí suce<strong>de</strong>r que, concor<strong>de</strong>mente<br />

com a <strong>de</strong>signação divina, a realida<strong>de</strong> é associada com os símbolos.” O mesmo tema é abordado<br />

nas Institutas, Livro III, p. 305.

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