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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 15 • 531<br />

tra fonte, senão unicamente <strong>de</strong> Cristo. Visto que em Adão morremos,<br />

somente em Cristo é que voltamos à vida. Segue-se <strong>de</strong>ste fato que sua<br />

ressurreição é a base da nossa; portanto, se a sua for eliminada, então<br />

não nos ficará nada.” 32 O raciocínio por trás da conclusão negativa já<br />

foi apresentado; porque, uma vez que ele ressuscitou unicamente por<br />

nossa causa, então, se não houver benefício algum para nós, 33 não haverá<br />

também nenhuma ressurreição <strong>de</strong> sua parte.<br />

14. Então é vã nossa pregação, não simplesmente porque ela<br />

inclua um certo elemento <strong>de</strong> falsida<strong>de</strong>, mas porque é indigna e um<br />

completo logro. Pois o que fica se Cristo foi <strong>de</strong>vorado pela morte;<br />

se foi aniquilado; se sucumbiu-se sob a maldição do pecado; se, finalmente,<br />

ficou cativo <strong>de</strong> Satanás? Numa palavra, uma vez que o<br />

princípio fundamental foi removido, tudo o que resta será <strong>de</strong> nenhum<br />

valor.<br />

Pela mesma razão ele adiciona que a fé <strong>de</strong>les seria inútil; pois<br />

que soli<strong>de</strong>z <strong>de</strong> fé po<strong>de</strong> haver, quando nenhuma esperança <strong>de</strong> vida vigora?<br />

Mas que na morte <strong>de</strong> Cristo, consi<strong>de</strong>rada em si mesma, 34 nada<br />

<strong>de</strong>scobrimos senão motivo para <strong>de</strong>sespero; pois aquele que foi completamente<br />

vencido pela morte não po<strong>de</strong> efetuar a salvação <strong>de</strong> outros.<br />

Lembremo-nos, pois, que o principal fundamento <strong>de</strong> todo o evangelho<br />

é a morte e ressurreição <strong>de</strong> Cristo; <strong>de</strong> sorte que <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>dicar especial<br />

atenção a ambas, caso queiramos fazer bom e normal progresso<br />

no evangelho, ou, antes, se não quisermos permanecer estéreis e infrutíferos<br />

[2Pe 1.8].<br />

32 “Si ce fon<strong>de</strong>ment est osté, nostre resurrection ne pourra consister.” – “Se este fundamento<br />

for removido, nossa ressurreição não po<strong>de</strong> <strong>de</strong> modo algum permanecer.”<br />

33 Billroth, ao citar a afirmação supra <strong>de</strong> Calvino, observa que “Calvino parece ter se enganado<br />

com o duplo significado das palavras que ele usa – ‘nulla ejus resurrectio foret’; elas<br />

po<strong>de</strong>m significar ou ‘ejus resurrectio non est’, ou ‘ejus resurrectio non est vera resurrectio’<br />

– ‘sua ressurreição não é uma ressurreição real, e <strong>de</strong> fato só a última [expressão] se<br />

a<strong>de</strong>qua a seu ponto <strong>de</strong> vista sobre o argumento <strong>de</strong> Paulo.” Entretanto, é bem observado<br />

pelo Dr. Alexan<strong>de</strong>r, em sua tradução <strong>de</strong> Billroth, que Calvino po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como<br />

tendo “usado a palavra nulla aqui no sentido <strong>de</strong> nossa palavra nula, vazia, inútil” sendo<br />

sua asseveração com este propósito – que “se não ressuscitarmos, então a ressurreição<br />

<strong>de</strong> Cristo se tornou nula.” Ver Biblical Cabinet, vol. xxiii. p. 86.<br />

34 “C’est à dire, sans la resurrection.” – “Equivale dizer, à parte <strong>de</strong> sua ressurreição.”

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