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Comentário de 1 Coríntios

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248 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

vel [individuo nexo coniuncti]. Não obstante, é surpreen<strong>de</strong>nte que ele<br />

não faça uma exceção ao menos no caso <strong>de</strong> adultério, pois é provável<br />

que quisesse con<strong>de</strong>nsar um pouco a doutrina <strong>de</strong> Cristo. Estou plenamente<br />

certo, porém, <strong>de</strong> que ele não fez menção <strong>de</strong>ste ponto em razão<br />

<strong>de</strong> referir-se brevemente a essas questões, e preferiu remeter os coríntios<br />

<strong>de</strong> volta ao que o Senhor permite ou proíbe, em vez <strong>de</strong> passar<br />

revista em tudo, ponto por ponto. Pois quando os mestres planejam<br />

tratar <strong>de</strong> um assunto sucintamente, eles ensinam <strong>de</strong> uma forma geral,<br />

e as exceções são tratadas <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada, bem como <strong>de</strong> forma<br />

mais inclusiva e mesmo com uma abordagem mais precisa.<br />

Ao interpor, porém, “não eu, mas o Senhor”, notifica que, por meio<br />

<strong>de</strong>ssa correção, o que ele ensina aqui é extraído da Lei <strong>de</strong> Deus. Sem<br />

dúvida, ele recebeu também os <strong>de</strong>mais elementos que estava ensinando<br />

através da revelação do Espírito, porém <strong>de</strong>clara que Deus é a fonte <strong>de</strong><br />

tudo isso, diante do fato <strong>de</strong> que tudo tinha sua origem na Lei <strong>de</strong> Deus. Se<br />

o leitor <strong>de</strong>sejar ter uma passagem específica, não a achará em parte alguma<br />

com tantas palavras. Todavia, visto que Moisés <strong>de</strong>clarou no início<br />

que a união <strong>de</strong> esposo e esposa é algo extremamente santo, e que em<br />

razão disso um homem <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar seu pai e sua mãe [Gn 2.24], daqui<br />

po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>duzir facilmente que ela [a união] não po<strong>de</strong> ser pervertida<br />

[inviolabilis]. Porque um filho está naturalmente ligado a seu pai e a sua<br />

mãe, e não há como livrar-se <strong>de</strong>sse jugo. Visto que o laço conjugal é preferível<br />

àquele vínculo, muito menos <strong>de</strong>ve ser ele dissolvido.<br />

11. Mas se ela separar-se. Não se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar essa afirmação<br />

como uma referência aos que eram separados por adultério. Isso<br />

é evi<strong>de</strong>nte à luz da punição que era aplicada naqueles dias. Porque,<br />

mesmo sob a lei romana, ele era uma ofensa capital, e do mesmo<br />

modo sob a lei comum das nações [ins gentium]. Contudo, visto que<br />

os esposos amiú<strong>de</strong> se divorciavam <strong>de</strong> suas esposas, fosse <strong>de</strong>vido a<br />

que suas atitu<strong>de</strong>s não se ajustavam, ou porque sua aparência pessoal<br />

não lhes agradava, ou <strong>de</strong>vido a qualquer outra forma <strong>de</strong> ofensa; 33 e<br />

33 “Pource qu’elles n’estoyent asez belles, ou pour quelque autre <strong>de</strong>spit ou <strong>de</strong>splaisir.” – “Porque<br />

elas não eram bastante elegantes, ou com base em alguma outra ofensa ou discrepância.”

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