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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 12 • 437<br />

a interpretação que já apresentei. Quanto ao dom <strong>de</strong> curas, 15 todos<br />

sabem seu significado.<br />

10. Entretanto, não há a mesma certeza quanto ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

operar milagres [<strong>de</strong> facultatibus potentiarum], ou, como outros o<br />

traduzem, “operações <strong>de</strong> influências” [operationibus virtutum]. Contudo,<br />

sinto-me inclinado a crer que se trata do po<strong>de</strong>r [virtutem] que<br />

é exercido contra os <strong>de</strong>mônios, bem como contra os hipócritas. Assim,<br />

quando Cristo e os apóstolos, com toda autorida<strong>de</strong>, subjugaram<br />

os <strong>de</strong>mônios, ou os puseram em fuga, isto era ἐνέργημα [operação<br />

po<strong>de</strong>rosa]. Outros exemplos temos no fato <strong>de</strong> Paulo trazer cegueira<br />

ao mágico [At 13.11] e Pedro fazer Ananias e Safira caírem por terra<br />

mortos, simplesmente lhes dirigindo a palavra [At 5.1-11]. Portanto,<br />

os dons <strong>de</strong> cura e milagres são ambos canais da benevolência <strong>de</strong><br />

Deus para conosco. Em sua severida<strong>de</strong>, porém, ele usa os milagres<br />

para a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Satanás. 16<br />

Por profecia entendo aquele dom singular e selecionado <strong>de</strong> <strong>de</strong>svendar<br />

a vonta<strong>de</strong> secreta <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> modo que o profeta é, por assim<br />

dizer, o mensageiro entre Deus e o homem. 17 Minhas razões para pensar<br />

assim serão <strong>de</strong>monstradas <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong> forma mais completa.<br />

O discernimento <strong>de</strong> espíritos era a clareza <strong>de</strong> percepção em formar<br />

juízo quanto aos que professavam ser alguma coisa [At 5.36]. Não<br />

estou falando da sabedoria natural, pela qual somos regulados para<br />

julgar. Era uma iluminação especial com que alguns eram dotados pelo<br />

dom divino. O uso <strong>de</strong>le era este: ele não podia ser imposto por máscaa<br />

<strong>de</strong> milagres.” Ela era chamada pelos escolásticos fi<strong>de</strong>s miraculorum (fé <strong>de</strong> milagres).<br />

15 O uso <strong>de</strong> plural se manifesta para notificar o número e varieda<strong>de</strong> das enfermida<strong>de</strong>s que<br />

foram curadas – os apóstolos foram revestidos com po<strong>de</strong>r para curar todas as formas <strong>de</strong><br />

doenças e todas as formas <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s [Mt 10.1].<br />

16 Parece não haver base suficiente para enten<strong>de</strong>r os milagres aqui referidos como necessariamente<br />

atos <strong>de</strong> terror, embora a conexão em que a expressão ocorre pareça notificar que<br />

milagres aqui significavam mais que manifestações ordinariamente estupendas do po<strong>de</strong>r<br />

divino, tal como constrangeria po<strong>de</strong>rosamente o espectador a exclamar: Este é o <strong>de</strong>do <strong>de</strong><br />

Deus! Assim, “a ressurreição dos mortos, tornar serpentes inócuas, ou beber alguma bebida<br />

envenenada, a expulsão <strong>de</strong> <strong>de</strong>mônios e a cura <strong>de</strong> cegueira”, como no caso <strong>de</strong> Elimas, o<br />

mágico, e da própria morte, como no caso <strong>de</strong> Ananias e Safira, foram feitos po<strong>de</strong>rosos .”<br />

17 “Apportant la volonte <strong>de</strong> Dieu aux hommes.” – “Comunicar a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus aos homens.”

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