20.05.2014 Views

Comentário de 1 Coríntios

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

372 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

então se <strong>de</strong>slizou para o texto. 79 Não obstante, esta é uma questão não<br />

<strong>de</strong> muita importância.<br />

Porquanto, por que minha liberda<strong>de</strong> seria julgada pela consciência<br />

alheia? Não fica claro se aqui o apóstolo está falando <strong>de</strong> si<br />

mesmo ou se está pondo esta objeção nos lábios dos coríntios. Se a tomarmos<br />

como sendo uma afirmação dirigida a si próprio, então estará<br />

corroborando a afirmação anterior. “Ao refrear-vos por causa da consciência<br />

<strong>de</strong> outra pessoa, vossa liberda<strong>de</strong> não fica com isso sujeita a tal<br />

pessoa.” Se foi dirigida aos coríntios, o significado po<strong>de</strong>ria ser este:<br />

“Tu nos impuseste uma lei injusta, ao exigir que nossa liberda<strong>de</strong> fique<br />

<strong>de</strong> pé ou caia ao capricho <strong>de</strong> outras pessoas.” Minha opinião é que<br />

Paulo se dirige a si próprio, porém explica em outros termos, porque<br />

até aqui estivera <strong>de</strong>clarando os conceitos <strong>de</strong> outros. Ser julgado, pois,<br />

eu o explico aqui no sentido <strong>de</strong> ser con<strong>de</strong>nado, concor<strong>de</strong>mente com<br />

a aceitação da palavra na Escritura. Paulo nos adverte sobre o perigo<br />

que resultaria, se fizermos uso <strong>de</strong> nossa liberda<strong>de</strong> sem reservas, dando<br />

ocasião <strong>de</strong> escândalo a nosso próximo, e assim ele nos con<strong>de</strong>nará.<br />

Assim, através <strong>de</strong> nosso erro e nossa ação irrefletida, a conseqüência<br />

será que este benefício especial da parte <strong>de</strong> Deus será con<strong>de</strong>nado. Se<br />

não nos pusermos em guarda contra tal perigo, corrompemos nossa<br />

liberda<strong>de</strong> em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> a usarmos mal. Esta consi<strong>de</strong>ração, pois, ten<strong>de</strong><br />

muito mais a confirmar a exortação <strong>de</strong> Paulo.<br />

30. Portanto, se pela graça sou participante. Este argumento é o<br />

mesmo, ou quase o mesmo. Já que é prerrogativa do favor divino que<br />

todas as coisas me sejam lícitas, por que <strong>de</strong>veria eu, <strong>de</strong> minha parte,<br />

ser ainda interpretado como transgressor? Naturalmente que não po<strong>de</strong>mos<br />

impedir que os ímpios nos difamem, e nem ainda os fracos <strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> vez em quando, se irarem contra nós; Paulo, porém, responsabiliza,<br />

por sua falta <strong>de</strong> domínio próprio, aos que voluntariamente dão ocasião<br />

a que outros escandalizem e firam as consciências sensíveis, sem<br />

qualquer justificativa e sem servir a nenhum propósito altruístico. Daí,<br />

79 Ela é omitida na versão <strong>de</strong> Alexandria e <strong>de</strong> Clermont e em todos os manuscritos mais<br />

antigos; bem como nas versões Siríaca, Arábica e Vulgata.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!