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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 4 • 155<br />

afirma é mui verda<strong>de</strong>iro (Pv 21.2): “Todo caminho <strong>de</strong> um homem é reto<br />

a seus próprios olhos, porém o Senhor pesa os corações.”<br />

Os papistas tiram vantagem <strong>de</strong>sta passagem com o fim <strong>de</strong> abalar<br />

a certeza da fé em seus fundamentos; e <strong>de</strong>veras confesso que, se<br />

sua doutrina fosse aceita, não faríamos outra coisa senão viver em um<br />

ignóbil estado <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> todos os dias <strong>de</strong> nossa vida. Pois que sorte<br />

<strong>de</strong> paz <strong>de</strong> espírito possuiríamos caso nossas obras <strong>de</strong>cidissem se<br />

somos ou não aceitos por Deus? Portanto, confesso que do principal<br />

fundamento dos papistas nada promana senão incessante distúrbio <strong>de</strong><br />

consciência. Por causa disso, ensinamos que é preciso buscar refúgio<br />

na graciosa promessa da misericórdia que nos é oferecida em Cristo,<br />

para que saibamos com certeza que somos reputados por justos aos<br />

olhos <strong>de</strong> Deus.<br />

5. Portanto, nada julgueis antes do tempo. Desta conclusão<br />

se manifesta que Paulo não estava con<strong>de</strong>nando todo e qualquer gênero<br />

<strong>de</strong> julgamento, mas somente aquele julgamento precipitado e<br />

audacioso sem que haja um exame criterioso. Pois os coríntios não<br />

estavam atentos para o caráter <strong>de</strong> cada pessoa com olhos <strong>de</strong>stituídos<br />

<strong>de</strong> preconceito, mas, vivendo sob o domínio da ambição, cometiam o<br />

<strong>de</strong>svario <strong>de</strong> exaltar a uma pessoa e <strong>de</strong> <strong>de</strong>negrir a outra, e assumiam<br />

mais do que os homens têm o direito <strong>de</strong> fazer, ou, seja, <strong>de</strong>terminar o<br />

que cada um realmente merece. Saibamos, pois, o quanto nos é permitido,<br />

o que agora nos cabe examinar e o que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ferido até o<br />

dia <strong>de</strong> Cristo, e não nos aventuremos ir além <strong>de</strong>sses limites. Porquanto<br />

existem algumas coisas que agora são claras a nossos olhos, porém<br />

existem outras que permanecerão sepultadas em obscurida<strong>de</strong> até o<br />

dia <strong>de</strong> Cristo.<br />

O qual trará à luz. Se esta é uma afirmação genuína e apropriada<br />

sobre o dia <strong>de</strong> Cristo, segue-se que os negócios <strong>de</strong>ste mundo nunca<br />

são bem or<strong>de</strong>nados, mas que muitas coisas estão envoltas em trevas;<br />

que nunca há luz suficiente para que muitas coisas evitem permanecer<br />

em obscurida<strong>de</strong>. Estou me referindo à vida e às ações dos homens.<br />

Na segunda parte da sentença ele explica qual é a causa das trevas e

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